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Quinta temporada de Vikings?

ATENÇÃO ESSE ARTIGO CONTÉM SPOILERS

Depois da morte de Ragnar (Travis Fimmel), ao final da quarta temporada, todos estávamos ansiosos para saber os rumos que Vikings tomaria. Ao deixar o mundo viking prestes a explodir em uma guerra de desejos e vingança, apesar de alguns tropeços, o final do quarto ano deixou o público com muitas expectativas.

Era certo que a partir dali a trama começaria a focar na história dos filhos do famoso Lothbrok, o maior viking de todos os tempos. Mais ainda, a série colocaria boa parte de seu protagonismo em Ivar (Alex Hogh Andersen), o Sem Ossos, que é inspirado em uma figura histórica real, assim como a maioria dos personagens. Dito e feito, a quinta temporada começa exatamente no momento em que a quarta terminou, e, desde então, vemos o desenrolar da trama dos irmãos Lothbrok. O destaque fica, obviamente, com Ivar e Bjorn (Alexander Ludwig).

A trama principal gira em torno do desejo de vingança que Sem Ossos tem com Lagertha (Katheryn Winnick), que matou sua mãe para pegar o trono de Kattegat. Ivar já tinha jurado vingança e dito que ainda mataria a rainha guerreira, e vai em busca disso. Rompendo relações com seus irmãos, o único ao seu lado ainda é Hvitserk (Marco Ilso), uma guerra civil entre os vikings está para acontecer.

Já Bjorn tem uma história bem secundária e que não acrescenta em nada para o seguimento da série. Fica, inclusive, perdida e sem sentido no meio dos episódios.

Um dos personagens antigos e mais queridos por todos os fãs, Floki (Gustaf Skarsgard), flutua no meio de tanta história mal contada dessa temporada. Infelizmente sua trama também não vinga e suas aventuras não fazem diferença para o desenrolar da aventura principal.

A trama inglesa também aparece na nova temporada, mas, como o resto, não diz a que veio e não cativa os telespectadores. Depois da morte do grande antagonista, Ecbert (Linus Roache), o rei frio e calculista de Wessex, seu filho Aethewulf (Moe Dunford) assume a coroa. Tendo fracassado em todas as batalhas como rei, ele se limita a treinar seu filho legítimo para ser um guerreiro. Ao final, quando resolve fazer algo contra a investida dos vikings na Inglaterra, o personagem tem um fim desnecessário e inesperado, que pode ser considerado um dos finais mais tolos que um personagem já teve. Ainda falando do arco inglês, um personagem que era aguardado com grande expectativa era o de Bishop Heahmund (Jonathan Rhys Meyers).

O bispo deveria ser o grande antagonista da quinta temporada, aquele que ia bater de frente com os vikings e causar muitas dores de cabeça para os nórdicos. Tendo experiência em batalha, e sendo um homem de Deus, ele era temido e respeitado por muitos. Depois de ser capturado pelos vikings o personagem de Meyers vai ficando cada vez mais apagado e sem graça. Ao ser capturado por Ivar, o bispo promete que o ajudará em sua empreitada contra Lagertha, mas, ao ser capturado por ela ele promete lutar contra Ivar e ainda demonstra um interesse romântico pela mesma. É muito pouco tempo de tela entre os personagens e quase nenhuma história, para nos fazer crer em uma relação romântica de ambos.

O destaque vai para a atuação de Ferdia Walsh-Peelo, que interpreta Alfred, o filho de Athelstan (George Blagden). O personagem parece ser o único que ainda corresponde ao que já era esperado dele, em meio não só a trama dos ingleses, mas da série no geral.

A história da quinta temporada ficou, no geral, bem fragmentada. O ritmo é lento e não mais frenético, o que era uma característica da série. Se a lentidão fosse justificada por grandes histórias sendo desenvolvidas ao longo dos episódios valeria a pena, mas não é o que acontece. O roteiro mostra confusão e muitas vezes parece que foi mal pensado.

Vikings nos mostra que sem Ragnar, definitivamente, não é a mesma coisa. Na resta esperar que a segunda parte da quinta temporada comece a se encaminhar para um fim digno.

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