Primeiras Impressões de Stargirl
Stargirl, a nova série da Detective Comics, já tem dois episódios disponíveis no serviço de streaming DC Universe e enfim podemos ter uma boa ideia do que está por vir.
Funcionando quase como uma verdadeira carta de amor a Era de Ouro dos quadrinhos, Stargirl elabora todo seu charme criando referências e ligações fantástica a um dos momentos mais coloridos e icônicos da nona arte. A história acompanha Courtney Whitmore (Brec Bassinger) em um novo momento de sua vida, quando é obrigada a se mudar para Blue Valley, com sua família e seu padastro Pat Dugan (Luke Wilson). Agora em sua nova casa, a jovem tenta se adaptar aos costumeiros problemas na escola nova, enquanto descobre uma estranha ligação com um poderoso artefato cósmico pertencente ao grande herói do passado, o Starman.
A série traz duzias de referências para aqueles mais ligados nos quadrinhos. Sem ter medo de errar e do jeito que tinha que ser, toda a caracterização de Stargirl remete aos anos 50, ainda que a história se passe nos dias atuais, em um viés que pode lembrar longas como De Volta Para o Futuro, mas que nesse contexto, também condiz com o plot aproveitado, a Era de Ouro e a principal equipe de heróis da época, a Sociedade da Justiça da América.
Sem meio termo, logo de inicio somos apresentados a clássica equipe, em uma cena muito bem coreografada e com efeitos gráficos muito competentes este é um daqueles poucos momentos em que podemos ver esses heróis tão pouco aproveitados como o Dr. Meia-Noite, Homem Hora e o próprio Starman em ação, mesmo que apenas por alguns minutos. Fica a expectativa de outras cenas mostrando mais da super-equipe.
Talvez o maior destaque até aqui fique com Luke Wilson. Com um personagem pouquíssimo conhecido do grande público, o ator consegue despertar facilmente a empatia do expectador. De quebra, ainda explora com maestria todo o simbolismo por trás dos “sidekicks”, afinal originalmente seu personagem, ainda que mais velho, nunca deixou a condição de ajudante para alçar ao estado de herói.
Ainda que a série remeta a uma das eras mais bonitas dos quadrinhos, não perde tempo em tirar um pouco de sarro de todos os excessos da época, em especial os nomes extravagantes. Mas tudo sem perder um certo brilho, afinal explicar e apresentar a Era de Ouro para alguém com 15 anos hoje, não deve ser uma tarefa das mais simples.
De maneira geral Stargirl encanta com uma charme único, bem distante dos dramas pesados presentes em séries do famigerado Arrowverse, aqui a protagonista e os desafios impostos à ela exalam uma certa leveza que é sentida e abraçada pelo expectador. Façamos votos para que continue assim.
Tão logo a primeira temporada encerre, você encontrará a crítica completa por aqui!