HARRY POTTER E O SUCESSO DAS NOVAS FRANQUIAS
Sendo fã ou não você não pode negar que Harry Potter é um sucesso. A franquia de livros fez de sua autora, J.K Rowling, a primeira escritora a ficar milionária na história. Comprovadamente a série do menino bruxo é a literatura infanto-juvenil mais vendida em toda a história, e também é a franquia com maior êxito na história do cinema.
Mas, por que Harry Potter foi cercado por esse sucesso estrondoso? Em uma época onde o livro vem ficando cada vez mais obsoleto, a saga do menino bruxo alcançou números incrivelmente expressivos fazendo a velha e boa literatura que tanto amamos do modo clássico: tinta preta no papel.
É incrível observar que ainda hoje em dia, cinco anos depois do lançamento do último filme e nove anos depois do lançamento do último livro, o garoto cicatriz continua atraindo legiões de fãs ao redor do mundo. Harry Potter é um fenômeno e os motivos por trás disso são inúmeros.
Todo mundo já está cansado de saber a história, é a clássica jornada do herói. Harry, um menino órfão, foi escolhido por forças além da nossa compreensão para ser aquele com o poder de deter o Lorde das Trevas e salvar o mundo. Ao longo da narrativa Rowling trata de temas como amizade, coragem, responsabilidade, ambição, escolhas, preconceito, crescimento, responsabilidade moral e complexidades sobre a vida e a morte. Questões que permeiam a vida de todos nós, meros mortais.
As opiniões se divergem, alguns afirmam que a escritora conseguiu retratar todos os valores da nova geração em seus livros: tecnologia, diversidade, conhecimento, família, ética e globalização. Mas tudo de uma forma incomum, usando da magia e do sobrenatural, o que atrai nossas mentes que buscam fugir do ululante doa dia-a-dia. Em uma de suas frases de efeito Nélson Rodrigues diz que toda unanimidade é burra, mas Harry Potter também possui seus desafetos. O crítico Harold Bloom disse que a série é perniciosa e uma subliteratura, um catálogo de lugares comuns. Ele é a favor dos clássicos da literatura fantástica.
Fato é que Rowling criou um mundo fantástico maravilhoso, e como disse o psicólogo Robin Rosenberg: ela criou um mundo completo fornecendo aos fãs a possibilidade de unir suas imaginações à dela e viver neste mundo.
Harry Potter veio para mostrar que a literatura ainda é viável e muito lucrativa, por isso surgiram várias sagas ao longo dos últimos anos que tentam buscar um feito tão grande quanto o de Rowling. Assim vimos surgir Jogos Vorazes, a série Divergente, Maze Runner e Percy Jackson. Essas foram as que acabaram mais se destacando e ganhando também suas adaptações para o cinema.
Jogos Vorazes foi a franquia que mais alcançou números expressivos. Seu sucesso foi enorme, inclusive, quando o primeiro filme foi lançado alguns sites compararam a franquia como sendo o irmão mais velho de Harry Potter.
Divergente vem alcançando bons números, mas alguns críticos falam da falta de originalidade do roteiro. O comparando com Jogos Vorazes de uma forma negativa.
Maze Runner é outro que frequentemente é comparada com Jogos Vorazes e Divergente, provavelmente porque também trata de um protagonista jovem que luta em pequenos grupos contra um governo autoritário. Mas é inegável que mesmo tendo histórias tão parecidas, cada um tem suas forças e suas fraquezas.
Dentre essas três a história que mais difere é a de Percy Jackson. Infelizmente os filmes não alcançaram o sucesso necessário para continuarem sendo produzidos, mas ainda em tempo: o livro é muito bom. A maior reclamação dos fãs da série, e de quem leu os livros, é que ao ser adaptada para o cinema a história foi drasticamente alterada, resultando em baixa bilheteria.
A literatura não morreu (ainda bem!), e junto com Harry Potter uma série de “novas” histórias estão aí para provar isso. Para comprovar isso é só ver o quanto os estúdios estão dispostos a investir nas sagas literárias atualmente e emplacar um sucesso de bilheteria tão grande quanto foi Harry Potter.
A gente fica aqui torcendo, esperando para ler (e ver!) histórias que nos façam voar até a mais alta das nuvens ou afundar no mais escuro dos oceanos.