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Review: A menina que tinha dons

Pode-se dizer que A Menina Que Tinha Dons é um filme de zumbi um pouco diferente de tudo que já vimos. A maioria dos  inúmeros filmes que são lançados recentemente por aí com a temática zumbi estão ficando cada vez mais desinteressantes, no ponto de vista do telespectador. É preciso algo a mais para prende-lo e também para fazê-lo assistir.

Baseado no livro A Menina Que Tinha Dons, escrito por Mike Carey (que também escreveu o filme), ele nos conta a história de uma Inglaterra que foi invadida por um fungo que é capaz de dominar o cérebro da pessoa e faze-la virar um  humano esfomeado por carne fresca e sem consciência nenhuma. Porém, há outro tipo de ser humano que é híbrido, no qual não se transformou totalmente em zumbi, mas apesar dele desejar a carne humana, ele também pode interagir com os não-infectados e se camuflar no meio dos que se transformaram totalmente, mas se sentirem o cheiro de carne fresca, eles atacam sem pensar duas vezes.Os sentidos também ficam mais apurados, principalmente o faro.

O começo gira em torno dessa relação entre híbridos e não infectados, uma relação super hostil que os  inferioriza, porém eles são de extrema importância para a cura, na verdade são a única esperança. Eles são aprisionados em um ambiente em que os não- infectados podem estuda-los. A cada experiência para desenvolver a cura, um híbrido é morto.

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No segundo momento, a sobrevivência de um grupo é mais importante que descobrir a cura, pois o prédio militar em que estavam é invadido por zumbis e então o grupo que consegue escapar leva uma das crianças híbridas com eles. Melanie, interpretada por Sennia  Nanua em sua grande estréia nas telonas, é a criança que pode ter a cura, sempre demonstra ser boa e doce a procura de qualquer interação humana. Ela não conhece o mundo além do prédio que vivia, então ela passa a interagir cada vez mais com o grupo sobrevivente e vai conquistando aos poucos a confiança deles e demonstrando ser útil para que o grupo consiga passar por algumas dificuldades que encontram em seu caminho.  Melanie se apega desde o início a sua professora Helen Justineau (Helen Arterton) e juntas criam um laço muito forte. Justineau não a vê como uma ameaça e sim como uma pessoa igual a todas as outras.  Já a Dra. Caroline Caldwell (Glenn Close) pensa diferente e acha que não existe ninguém como Melanie e que precisa dela para curar a humanidade. Ela passa anos estudando para conseguir uma cura para o fungo. Em vários momentos a Dra. Caldwell tem a esperança de salvar o mundo, mas se mostra prepotente e muito ambiciosa a ponto de fazer qualquer coisa para conseguir a cura.

Vários pontos do filme são inéditos na temática zumbi. A maneira de como o fungo evolui e se adapta no ambiente  –  é nesse momento que você relembra algumas coisas vistas na aula de biologia lá atrás. O questionamento do filme a respeito dos híbridos, já que em alguns momentos esse assunto é discutido, pois Melanie fala com as pessoas normalmente, tem sentimentos e e então questiona do porquê não ser igual a todos, já que conversa e pensa como eles. Até que ponto a raça humana merece sobrevier e matar híbridos para garantir o futuro da terra?

Um filme excêntrico que deixa de lado um pouco do gore exagerado que vemos em filmes com zumbis. Uma experiência de ficção científica diferente define A Menina Que Tinha Dons. Um ótimo filme para entreter e para te deixar ainda pensativo após assistir.

 

 

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