Kevin Feige, Star Wars e a ressaca da Disney
É inevitável! A Disney tentou e tentou, mas a franquia Star Wars nas mãos desta gigante do mercado de entretenimento não teve o rendimento esperado. Para salvar o barco, ninguém melhor do que o “homem da última década”, ninguém menos do que Kevin Feige, a cabeça pensante por trás do arrebatador sucesso da Marvel nos cinemas. Mas será que apenas ele é o suficiente para que Star Wars volte ao panteão dos blockbusters?
Verdade seja dita, tudo referente a Star Wars parece ter ares de uma ressaca daquelas, desde o episódio 8, escrito e dirigido por Rian Johnson. Isso e a ideia estapafúrdia de lançar um filme por ano causou uma enxurrada de produtos medianos, culminando no duvidoso Han Solo – Uma História Star Wars. Com um enredo fraco e atuações longe do ideal, o longa foi a pedra que faltava para que se reavaliasse os rumos da franquia dentro da Disney. Planos mau pensados como a vindoura trilogia de Rian Johnson e uma outra linha de filmes encabeçados pela dupla David Benioff e D.B. Weiss de Game of Thrones, parece que enfim foram deixados de lado, para a alegria dos fãs.
Para colocar ainda mais lenha nesta fogueira, a recém lançada biografia de Bob Iger, CEO da Disney, remonta um momento que ilustra um verdadeiro rompimento entre George Lucas e a Disney. Segundo o livro, foi pedido um pré-roteiro a Lucas, algo que norteasse o futuro da franquia na Casa do Mickey, entretanto, após reuniões com Kathleyn Kennedy, head da Lucas Films na Disney, e J.J. Abrams, Iger informou que não usariam nada do roteiro em questão, e que seguiriam por outro caminho. George Lucas achou uma afronta o ocorrido, chegando a dizer para quem quisesse ouvir que se sentirá traído. Verdade ou não, aparentemente Lucas tinha uma ideia mais próxima do extinto Universo Estendido, entretanto a Disney e J.J. Abrams preferiram seguir com personagens mais jovens, que pudessem se conectar a toda uma nova geração de expectadores.
Mas e hoje, o que existe de certo para Star Wars? Bom, logo de inicio o movimento é terminar o que foi começado, por isso nada mais justo do que trazer Abrams para colocar um ponto final em sua trilogia. Para o futuro, nomes de peso e qualidade comprovada estão sendo chamados para a franquia, como por exemplo: Jon Favreau, que encabeça a série encomendada pelo Disney+, Mandalorian. A temática da série também é um sinal de que os fãs estão ganhando mais ouvidos. Tudo o que sempre foi pedido foi um produto que explorasse a figura dos mandalorianos e logicamente um projeto solo de Obi Wan Kenobi, que já foi confirmado em formato de mini-série com o retorno de Ewan Mcgregor. Entretanto muito além deste movimento a Disney esta indo além, e pretende trazer Kevin Feige para uma nova sequencia cinematográfica. Apesar de nada estar muito claro, por hora, sabe-se que o objetivo é encontrar novas histórias dentro deste universo, e nos corredores da Disney é uma unanimidade, Feige é a pessoa certa para isso.
Neste exato momento, Kevin Feige funciona como um verdadeiro desafogo para a Casa do Mickey, ainda que a franquia da Marvel nos cinemas tenha sido um verdadeiro sucesso, absolutamente nada garante que isso vai se repetir. Mesmo por que, bem certo, ainda que alcançando uma marca inigualável, a própria Marvel sofreu alguns tropeços pelos caminhos. Tropeços estes, que já não tem lugar na franquia de Star Wars. Entretanto, o nome de Feige tem credibilidade e toda sua bagagem adquirida nessa década a frente da Marvel, vai dar estabilidade e um folego novo para uma marca tão pesada do mundo do entretenimento.
Entre acerto gloriosos e erros grotescos, ficamos nós, os fãs. Esperando por produtos de mais qualidade, mesmo que isso signifique menor quantidade.