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Crítica- Cemitério Maldito (2019)

A família Creed está começando uma nova  vida mais afastada da cidade grande e Louis Creed (Jason Clarke) tem um  novo emprego como médico de uma universidade local.  

O longa é direto em  mostrar os conflitos sobre a morte que rondam a cabeça da menina Ellie Creed  (Jeté Laurence) e seus pais têm diferentes crenças de como tudo acontece após a morte.

Ellie encontra um cemitério de animais que fica próximo à sua nova casa e acaba conhecendo seu vizinho Jud Crandall(John Lithgow). Logo ele se aproxima da família e se apega facilmente à Ellie.

Apesar de tudo ao redor da casa parecer lindo e perfeito, um cemitério além do pântano será o grande problema. Lá tudo que é enterrado volta à vida, mas de uma maneira bem diferente.

Infelizmente tudo começa a dar errado quando Church, o gato de Ellie é atropelado e Rachel Creed (Amy Seimetz) acha que a filha não está preparada para encarar a morte dele.

Cemitério Maldito (1989) é considerado um bom clássico nos dias de hoje, mas ainda sim não é perfeito. Pense em uma obra insubstituível que não precisa ser modificada e você não sente necessidade de ver algo novo sobre ela. Talvez para os fãs mais assíduos do antigo seja assim, mas com essa nova versão é possível ver melhoras em questão de personagens, produção, roteiro e atuação. 

A história vai se desenvolvendo naturalmente, mas  o que foi mais problemático na trama é a motivação fraca de Jud  ao querer mostrar o cemitério amaldiçoado para Louis.  Ele acha melhor enterrar o gato lá (sabendo que ele voltará a vida). Jud se justifica depois, mas, mesmo assim, ele sabe no fundo que às vezes, a morte é melhor. Apesar desse desenvolvimento ter sido fraco, em outra parte do filme ele acaba sendo muito melhor e explora muito mais a vida após a morte e como pode ser extremamente real a vontade de uma pessoa querer fazer o que for possível para trazer de volta uma pessoa amada.

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Nem tudo agrada, mesmo na nova versão. Apesar de ser muito bem produzida, e conseguir assustar, não tem a mesma atmosfera de terror que tinha o antigo. São detalhes que se perdem nos filmes atuais, mas que você consegue encontrar facilmente nos clássicos mais antigos. Um bom exemplo é a irmã de Rachel, Zelda (Alyssa Brooke Levine), que nessa versão não  vai dar os mesmos pesadelos que você teria com a atuação de Andrew Hubatsek. Ele interpretou a irmã doente de Rachel no longa de 89 e sem dúvidas era o personagem mais assustador do filme. Rachel nessa versão também  tem muito medo e se sente muito culpada sobre a irmã e isso é explorado de uma maneira interessante e assustadora. Alguns fatos são mudados, mas não deixa de ser crível seu trauma pela irmã morta.

Outro detalhe que filmes de terror atuais tem – inclusive esse- é a necessidade de preparar o telespectador para um susto, ou fazer o telespectador achar que vai se assustar. Em algumas cenas, esse método foi bem desnecessário.

Não se engane pelo trailer e pôsteres.  Eles vendem algumas crianças bizarrinhas com máscaras de animais. Elas não tem nada de assustadoras e aparecem por apenas alguns minutos. Isso acaba sendo problemático e pode gerar falsas expectativas. Elas só aparecem para que a Ellie consiga chegar até o cemitério de animais. A sacada foi muito boa e mostra uma cena bem interessante de procissão e luto pelo animal que morreu.

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