Pequena grande vida – crítica
Pequena grande vida conta a história de pessoas que descobrem a possibilidade de reduzir o seu tamanho para um ser minúsculo, com o propósito de terem menos gastos e viver em pequenas comunidades que se espalham pelo mundo e com uma vida muito melhor. Paul Safranek, o protagonista e interpretado por Matt Damon, vive uma vida que podemos dizer de “triste”, com a mesma rotina e com o único propósito: de ajudar os outros, isso devido sua profissão de fisioterapeuta e por ter um coração bom. Quando escuta a notícia que cientistas noruegueses descobriram como reduzir a matéria orgânica, até mesmo os humanos, Paul acha incrível a ideia e resolve proporcionar uma vida muito melhor a sua esposa (Kristen Wiig).
Alexander Payne, diretor do longa, usou um argumento e uma ideia muito muito interessante para mostrar como que as pessoas podem se comportar diante a essa situação de encolhimento. A proposta mostra uma ciência com uma ótica retrô. Ela diz sobre a questão de pessoas encolhendo a fim de salvar o meio ambiente, produzindo menos lixo, quanto outras que pensam em si mesmo, com a intenção de ficar mais rico (já que 1 dólar, é o mesmo que 1000 quando se é pequeno, por exemplo).
Paul Safranek representa a realidade de um homens com uma vida frustrada e mal resolvida consigo mesmo, afim de ver seus problemas com um outro ponto de vista e uma nova perspectiva depois do encolhimento. Por outro lado, temos a figura de Dursan Mirkovic (Christoph Waltz), um cara muito divertido que encolhe a fim de lucrar no mundo dos pequenos, transformando, por exemplo, um charuto cubano normal em cem para os pequenos ou uma garrafa de Vodka em mil, aproveitar a vida em um mundo onde não existe mais a necessidade de trabalhar. Temos outra figura muito importante na trama, uma sobrevivente vietnamita Ngoc Lan Tran (Hong Chau) que revela a Paul que sempre existirá pessoas que sofrem para o conforto de outros, que sempre existe exploração, classes sociais e pessoas que precisam de ajuda.
Um filme que realmente vale a pena ver nos cinemas, que como já dito, tem uma proposta muito legal e com histórias de pessoas que passam por diversas situações. Um filme muito bem humorado e com ideias que deixam qualquer um pensando: e se fosse verdade?. A fotografia é muito bonita, com imagens bem programadas, muito bem centralizadas. Pouquíssimos furos de roteiro e alguns cenários incríveis. Um filme muito bom e indicado!