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Monster Hunter World – Crítica

Reza a lenda que filmes de vídeo games nunca dão certo. Segundo o dito popular, há uma espécie de maldição que ronda quando as histórias são adaptadas para as grandes telas. Foi assim com clássicos como Super Mário, nos anos 90, com o último Tomb Raider: A Origem, e o mais traumatizante pra mim (e que infelizmente nunca será esquecido!), Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos.

Mas, justiça seja feita, há também exceções. Recentemente tivemos Pokémon: Detetive Pikachu, que foi bem de crítica e agradou aos fãs.

Sendo um dos filmes que inaugura a reabertura dos cinemas em um período de pandemia mundial, Monster Hunter World estreia em todo o Brasil nessa quinta-feira (25).

Monster Hunter é um jogo japonês que desde sempre fez sucesso no país de origem, mas só vingou em terras ocidentais com o lançamento de Monster Hunter World, em 2018, para PS4, Xbox One e PC. Sendo da Sony, a adaptação para os cinemas é protagonizada por Milla Jovovich (Resident Evil) e dirigida por Paul Anderson (Resident Evil, Alien vs. Predador, Mortal Kombat).

Um filme com monstros gigantes já promete por si só, mas Monster Hunter World corresponde às expectativas dos fãs?

Uma coisa é certa: o longa tem ação do começo ao fim, e, para os mais sensíveis (como essa que vos fala), alguns pulos e sustos estão garantidos.

Mila Jovovich mostra, sem dúvida, que é estrela de filmes de ação. Com frases típicas de heróis que parecem ter saído diretamente de um longa do gênero nos anos 80, sua atuação é mais do mesmo. No elenco ainda há nomes como Ron Perlman, Tony Jaa, T.I., Nanda Costa, Meagan Good e Diego Boneta. Porém, todo o protagonismo fica mesmo por conta de Jovovich, quase como se os outros fossem figurantes. Por isso não há uma identificação ou empatia por algum personagem, eles só passam. E o sentimento que segue por todo o filme é esse: o de passagem.

Mais do que meros espectadores gostamos de nos sentir, de certa forma, parte da história que está sendo contada. Monster Hunter World não aprofunda a trama, é como se tudo passasse muito rápido e em dado momento os acontecimentos começam até a perder o sentido. A história é rasa, e quando sobem os créditos, ao mesmo tempo que fica uma sensação de “ué, mas já acabou?”, também fica o sentimento de “ufa, finalmente!”.

Ainda assim é legal ver as referências claras ao jogo e identificarmos figurinos, personagens e cenários que estávamos acostumados a ver in game nas grandes telas. Mas só isso não basta.

Monster Hunter World é um filme que passa, com uma história rasa ele até serve como um bom entretenimento, mas esteja preparado pra não levá-lo tão a sério.

O casal Resident Evil garante algumas cenas bem no estilo monstros nojentos e pegajosos, dando até um ar de terror à história em determinado momento, o que pode agradar a alguns. No mais o longa acaba caindo no esquecimento e comprova que as adaptações de games talvez carreguem algum tipo de maldição mesmo.

Monster Hunter World estreia nos cinemas de todo o Brasil nessa quinta-feira (25).

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