Jumanji: Bem-Vindo a Selva – Crítica
Quando soubemos que que Jumanji voltaria às telas do cinema, porém com uma pegada um pouco mais moderna e de questão voltada para video-games, a primeira reação foi de ficar um pouco com pé atrás, pelo menos ao meu ver, pensando nas tardes de sessão da tarde e por ter inicio com um jogo de tabuleiro. Porém, Jumanji: Bem-Vindo a Selva nos surpreendeu, tanto por ter a pegada semelhante ao primeiro filme, a jornada dos personagens em um jogo, onde todos sentem dificuldades, medos e superações ao fim, quanto por ser voltada para tecnologia.
Por mais que quando criança, sentisse medo das criaturas e situação a cada jogada dos personagens em Jumanji de 1995, no filme atual podemos rir de gargalhar durante as horas do longa, e por mais que esse filme seja do gênero de comédia, as piadas óbvias e clichês são muito utilizadas, porém, em seu favor, isso devido também ao entrosamento entre o elenco de peso.
Podemos notar uma nova identidade sendo criada a partir do clássico, o diretor de Jumanji: Bem-Vindo a Selva poderia realmente ter optado por continuar com um jogo de tabuleiro, tanto que se formos comparar, a última cena do clássico, se passa com o jogo de tabuleiro sendo jogado fora e aparecendo em uma praia, sendo talvez a mesma praia da primeira cena de Bem-Vindo a Selva, o jogo sendo encontrado no meio da areia. Porém, Jake Kasdan, diretor do longa foi ousado e deu uma nova cara para o filme, deixando pra lá o caminho mais fácil de uma possível cópia e como já dito, com uma pegada tecnológica mas com as mesmas regras, os jogadores uma vez que dentro do jogo, devem ir até o fim para sair dele. Mas a pergunta é? Como o diretor regulou isso, transformando o jogo de tabuleiro em um jogo virtual? De uma forma bem divertida e sem spoiler, dando a experiência dos personagens entrarem no jogo e vivenciá-lo de uma forma divertida.
A experiência do filme é ainda maior para as pessoas que já jogaram qualquer tipo jogo que o objetivo é passar de fase após fase, chegando em um “chefão”, o derrotando e conseguindo a conquista do jogo. Nesse filme, os personagens realmente vivenciam a experiência de estar dentro do jogo, assim como qualquer pessoa gostaria que acontecesse, porém, no caso dos personagens principais, eram três vidas ou morte, questão de sair jogo e voltar a vida normal, ou ficar preso ali pra sempre, e como toda jornada do herói e seus aliados, os personagens crescem durante a trama, isso em questão de carácter, trabalho em equipe, vencendo os medos ou deixando de ser a pessoa mesquinha de se importar com si mesmo.
Em relação ao elenco contamos com grandes nomes de respeito para a comédia como Dwayne Johnson,Jack Black, Kevin Hart, e Karen Gillan que estão de parabéns por oferecer ao filme personagens tão ativos, assim como nos jogos de video-game, e que mostram diversos tipos de humor. Temos um também Nick Jonas, que nos lembra muito a história de Alan Parrish, personagem principal do clássico, interpretado pelo saudoso Robin Williams, que fica preso no jogo durante vários anos. Jonas traz um certo equilíbrio para o filme, sendo um pouco a parte séria do mesmo, e tornando o final muito mais legal do que apenas a volta para o lar.
Jumanji: Bem-Vindo a Selva está longe de ser o melhor filme do ano, porém, ele traz muita diversão para a nova geração que pode não ter assistido o de 1995, e traz muita nostalgia com os barulhos dos tambores, quando algo muito louco está para acontecer ou com os rinocerontes e elefantes correndo atrás dos personagens.
Espero que você leitor tenha ficado com um gostinho de ver o filme, já que o filme é uma ótima opção para o fim de semana. Um grande abraço!