Crítica | Jogo Perigoso
Estreou dia 29/09 na Netflix mais um filme baseado na obra de Stephen King, Jogo Perigoso.
Gerald e Jessie, um casal com problemas matrimoniais, vão passar o final de semana em uma casa afastada da cidade. Para apimentar a relação, Gerald mostra de uma maneira agressiva um fetiche sexual que assusta Jessie, pois ela é algemada na cama e se sente desconfortável. Quando ela pede para ele soltar as algemas, Gerald começa a sentir dores no peito e tem um infarto fulminante, deixando sua mulher sozinha e presa à cama.
A trama é um jogo de sobrevivência extremamente agoniante e sórdido. A personagem Jessie está impotente, pois não pode ajudar o marido e ao mesmo tempo está extremamente nervosa porque está presa e afastada da civilização.
O filme brinca com a mente de Jessie, fazendo-a interagir com ela mesma e até com seu marido morto, pois aos poucos vai perdendo a sanidade. O diretor Mike Flanagan da mais atenção no quarto que se passa a trama e as vezes brinca com memórias de seu passado, mostrando uma auto-reflexão dos problemas que sofreu na infância e também a culpa pelo casamento que está desmoronado acaba caindo toda em cima dela.
Conseguimos sentir dor e um incômodo gigante ao ver a atriz Carla Gugino em suas expressões de dor e desespero. Impossível não sofrer junto com ela. Sua personagem passa por diversas situações extremas que só recomendo que veja se você não se impressiona fácil.
Esse é o tipo de filme que você pensa em mil maneiras para tentar fazer a protagonista sair daquela situação e até fica agoniado pensando “por que ela não tenta isso ou aquilo?”
No geral é um filme bem interessante e consegue prender o telespectador mesmo mostrando poucos ambientes. Ele te passa várias sensações e expectativas do que pode vir a acontecer e nos faz pensar que essa situação, que pode ser cotidiana para alguns, pode vir a se tornar a experiência mais assustadora de uma vida.
Um dos melhores filmes da sua filmografia, a mescla entre o roteiro e o elenco dá um bom resultado. Acho que a atmosfera do filme é estressante e te mantém no suspense até o final, realmente gostei. Stephen King é um gênio de terror, tem um talento incomparável, é o melhor escritor. Minha história favorita dele é It a Coisa, acho que Pennywise é um icone, recém vi o novo filme, dirigido por Andy Muschietti e adorei, é sensacional. Acho que é uma boa adaptação, o novo Pennywise é muito mais escuro e mais assustador, Bill Skarsgård é o indicado para interpretar Pennywise. Os filmes de terror são meus preferidos, evolucionaram com melhores efeitos visuais e tratam de se superar a eles mesmos. Eu gosto da atmosfera de suspense que geram. E acho que este é um dos melhores, A Coisa filme tem protagonistas sólidos e um roteiro diferente. O clube dos perdedores é muito divertido e acho que os atores são muito talentosos. Já quero ver a segunda parte.