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Crítica – Venom

Finalmente esta chegando aos cinemas, a controversa adaptação de um dos vilões mais icônicos do Cabeça de Teia. O Venom. Ainda que muitos fãs preferissem ver o maior algoz do Homem Aranha em uma produção da Marvel, a Sony preferiu dar o ponta – pé inicial em seu próprio universo de “heróis” e distancoiu totalmente os personagens.

No longa, acompanhamos a história de Eddie Brock, papel de Tom Hardy, um repórter investigativo conhecido por seu gênio forte e por desmascarar grandes figurões, fato que já lhe causou problemas no passado. Tudo muda, quando cai em suas mãos uma matéria sobre o enigmático e inescrupuloso líder da Fundação Vida (Riz Ahmed), uma empresa reconhecida mundialmente por seu trabalho com bioengenharia e por suas incursões espaciais, estas, que recentemente trouxeram a Terra 5 amostras de espécimes alienígenas, conhecidas como “simbiontes”. É na tentativa de desmascarar o figurão, que Eddie acaba se metendo onde não deveria e acaba por perder tudo, seu emprego, sua fama e até mesmo seu relacionamento. Aí então, já sem muito a perder, o jornalista acaba se metendo de novo com a Fundação Vida, aí sim tendo sua primeira interação com a estrela do longa, o Venom.

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De maneira geral esta já não era uma adaptação simples de ser feita. Contar a história de origem do vilão, excluindo totalmente sua contra parte heroica, talvez não tenha sido a melhor escolha. Aliás, aos fãs mais desatentos, vale lembrar que aqui Venom não será um vilão e sim um anti – herói. Entretanto não são essas escolhas que tornam o filme ruim e sim a falta de uma boa história para ser contada. Todas as decisões de roteiro parecem ter ignorado totalmente os últimos 10 anos que consolidaram o gênero de “filmes de super – heróis”, para resgatar erros primários de longas como X-Men e Quarteto Fantástico.

A falta de uma identidade fixa para a produção é outro fator negativo. Logo de inicio, antes mesmo dos créditos iniciais, o espectador é levado a crer que o longa trata de um trhiller espacial, algo na pegada de Alien. A sequencia seguinte, remete a outros suspenses sobrenaturais como A Experiência. Mas de repente, sem aviso prévio, o roteiro descamba pra uma comédia romântica, daquelas bem sem sal mesmo, que forçam em piadas ruins por tempo de mais.

Mas aí você pergunta: Mas e o Venom, tá legal? E eu respondo: Olha, nem tanto assim… Já comentamos aqui que não se trata de um filme de vilão, mas sim de um anti – herói, e essa alteração poderia passar bem, se não fosse a pesada de mão pra transformar um personagem extremamente “pesado” e até meio “sombrio”, em um alienígena  “cool”, repleto de gírias e de bom coração. Por outro lado, os efeitos gráficos, resolvem bem o visual do personagem. Se no passado a experiência não deu tão certo assim, hoje Venom consegue transmitir toda a monstruosidade dos quadrinhos. Entretanto, mais uma vez, a direção compromete o trabalho. A batalha final, como já foi indicada em alguns trailers, vem sem muito criatividade, e em certos momentos você já nem sabe bem para quem esta torcendo.

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O filme ainda traz duas cenas pós-créditos, uma empolgante, já outra totalmente descartável.

De maneira geral, Venom não empolga e este projeto da Sony de um universo com os vilões descartados pela Marvel, já parece flopar logo na saída. Resta aguardar, nos planos ainda teremos uma sequencia e outro longa focado no Morbius, estrelado por Jared Leto.

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