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Crítica – Transformers: O Despertar das Feras

O novo capitulo da saga dos Transformers nos cinemas, continua o soft reboot dado por Bumblebee (2018), se esforçando para manter uma linha temporal coesa e sem furos, enquanto aborda cada ponto de uma rica mitologia. Tudo isso, ao mesmo tempo em que diverte seu público em um clássico blockbuster, compromissado com nada mais do que uma pura e honesta diversão.

Tentar encontrar uma perspectiva rebuscada e repleta de significados em uma franquia como Transformers, é um erro brutal que certamente irá estragar sua experiência dentro da sala de cinema. Especialmente em O Despertar das Feras, as palavras de ordem são organizar, entreter e pavimentar.

Esqueça a megalomania instaurada nos primeiros filmes da franquia. A intensão agora é expandir o universo de maneira gradual, quase como uma criança que vai incorporando os novos bonequinhos na brincadeira. Não atoa, estamos falando da Hasbro e seus Transformers.

Na trama, acompanhamos o jovem Noah Diaz (Anthony Ramos), um ex-militar  vivendo no Brooklyn dos anos 90, com sua mãe e seu irmão mais novo. Sempre fadado ao fracasso em entrevistas de emprego, Diaz recorre a uma saída nada heroica, roubar um carro de luxo. O trabalho seria simples, se na verdade o carro em questão não fosse Mirage, um Autobot a serviço de Optmus Prime. A medida que Noah se envolve com os alienígenas de Cybertron, ele descobre uma nova ameaça à caminho da Terra, a entidade devoradora de mundos Unicron. Agora, humanos, Autobots e Maximals devem unir forças para deter esse mal que espreita.

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De longe, um dos maiores acertos deste filme está na jornada humana. Distante do que já foi apresentado na franquia, desta vez os personagens não alienígenas integram bem a história contada e cativam o expectador com uma drama familiar bem explorado.

Do outro lado da mesa, os Autobots se apresentam com uma estratégia diferente. Optimos Prime, o líder inabalável, aqui se mostra em uma nova faceta, desconfiado e ainda carregando o peso de suas escolhas erradas. Bumblebee, o centro emocional de quase toda a franquia, desta vez é colocado de lado. A escolha pode parecer arriscada, mas da tempo de tela para que novos personagens cativem a audiência. A relação entre Noah e Mirage se torna o centro de tudo e consegue ser especial sem replicar formulas passadas.

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Mas se por um lado, alguns detalhes fogem de formulas batidas, a base do roteiro não tem o mesmo sucesso. A velha premissa, já desgastada, de um vilão gigantesco chegando e a corrida por um artefato de poder inigualável em um país distante se repete mais uma vez. A exaustão da formula nesse quesito pode fazer com que o filme se torne um tanto cansativo, ainda mais se levando em conta o tempo da produção.

Ainda assim, para não dizer que a produção não apela para uma boa e velha nostalgia, é sempre divertimento garantido quando os Maximals aparecem em cena. A classe de alienígenas robôs que se transformam em animais, famosas por aqui no desenho Beast Wars, com toda certeza vai encantar os fãs mais antigos.

No geral, Transformers: O Despertar da Feras, entrega um entretenimento de qualidade. Ainda que não se tenha nada de muito novo para se extrair da franquia, o leque de oportunidades aberto, principalmente ao final do filme, garante um folego extra e múltiplos caminhos para se seguir. Um filme ideal para quem procura diversão em seu mais puro estado.

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