Crítica – Predadores Assassinos
O competente diretor Alexandre Aja tem um histórico interessante de filmes. Ele apareceu no final da década de 90, mas em 2006 dirigiu o brutal Viagem Maldita e em 2010 o sangrento e divertido Piranha 3D. Não podemos esquecer de um grande nome dentro do horror, Sam Raimi, que dirigiu a trilogia de Evil Dead e o cômico Arraste-me para o Inferno (2009). Dessa vez ele está na produção de Predadores Assassinos.
Filmes inteligentes de sobrevivência, como Águas Rasas (2016), passam um pouco mais de credibilidade por terem experiências mais realistas. Dessa vez os famosos e populares tubarões ficaram de lado e dão lugar aos jacarés cruéis e famintos.
Um furacão nível 5 se aproxima da Califórnia e Haley (Kaya Skodelario), acaba violando a regra de isolamento de um lugar chamado Coral Lake. Ela está preocupada e vai procurar seu pai (Barry Pepper), que não está atendendo suas ligações. Ela o encontra desmaiado em um porão na antiga casa em que eles moravam. Em meio a tempestade, jacarés enormes estão por toda a parte só esperando um momento de distração para atacar. Ela tem que salvar seu pai e escapar do porão, que está inundando.
Em um filme de sobrevivência, geralmente os personagens principais possuem alguma habilidade a favor da situação de perigo que estão. Haley além de se encontrar em uma fase de conflitos emocionais e crises familiares, está enfrentando dificuldades na carreira de nadadora. Nessa situação extrema de luta pela vida, ela tem que superar seus limites. Com a tempestade piorando, o nível da água começa a subir e deixa os jacarés em vantagem.
Animais monstruosos assassinos instigam o público para irem ao cinema. A experiência é muito mais imersiva e impactante ao ver um animal gigante e assustador na telona. Predadores Assassinos além de ser um filme com elementos mais realistas dentro do terror, ele te apreende com as cenas de tensão e seus sustos que na maioria das vezes são imprevisíveis.
As melhores cenas de ataques e violência são possíveis de serem executadas muitas vezes por conta da distração e estupidez dos personagens. Algumas más escolhas dentro da trama proporcionam um certo incômodo. Também há um problema de concordância dentro do roteiro em que um personagem figurante é atacado, mas em uma situação semelhante, um dos personagens principais é poupado. Não há um motivo muito lógico, já que os animais não estão poupando ninguém.
Ponto positivo para os efeitos gráficos, tanto na área externa em que mostra a destruição do local e tempestade, como dos animais, que estão visualmente ameaçadores. O CGI se mistura com efeitos práticos, lembrando muito as técnicas utilizadas em Jurassic Park(1993). Podemos dizer que Predadores Assassinos é um mix de filmes com tema isolamento, claustrofobia e monstros.
