Crítica: Parque do Inferno (Hell Fest – 2018)
Sejam bem-vindos ao Parque do Inferno! A atração mais assustadora de todos os tempos!
Duas amigas se reencontram depois de um breve afastamento e vão curtir uma noite muito diferente do comum. Junto com elas, alguns outros amigos também vão e aí que já estabelecemos o grupinho. Temos os destemidos e ‘engraçadões’, o casal tarado e também o casal ‘fofo’ bobo e inocente. Algumas coisas nesse grupo fogem do clichê, mas no geral, podemos prever alguns fatos.
O Parque do Inferno é uma atração onde as pessoas vão para se assustar e passar seus maiores medos. Já vimos aqui no Brasil algumas dessas atrações em parques como Beto Carreiro e Hopi Hari, mas nesse filme o nível de terror dentro do parque é infinitamente maior e junto com os personagens, não sabemos quando as coisas são reais e quando são brincadeiras.
Isso começa com a entrada de um homem anônimo no parque. Ele foi responsável pela morte de uma garota há dois anos em uma atração semelhante. Ela ficou três dias desaparecida, pois as pessoas a confundiram com a decoração macabra do lugar. Esse fato repercutiu e aparentemente para os personagens acabou virando lenda urbana, pois ninguém realmente parece acreditar ou se importar muito com isso.
O filme consegue de maneira simples fazer você se assustar junto com os personagens que estão vivenciando uma experiência que começa divertida e depois vira um cenário de uma história de terror verdadeira. Imagine ser perseguido por um serial killer em um parque onde existem vários labirintos, pessoas vestidas de palhaços e monstros te assustando a todo segundo?
A ideia do longa pode te parecer familiar. Pague para entrar, reze para sair (The Fun House) é um terror trash de 1981 que explora esse tema de uma maneira mais sinistra, mas também envolve adolescentes destemidos em um parque assustador onde eles fazem péssimas escolhas que os levam até a morte.
Porém, em Parque do Inferno, as atitudes podem ser justificadas, pois o assassino pode ser confundido facilmente com um funcionário do parque e “fazer a festa” sem ser percebido e também pelo fato de absolutamente ninguém aparentemente ligar para o que aconteceu com a menina que morreu no parque.
As mortes do filme começam legais, criativas e depois passam a serem chatas e sem graça. O que fica difícil de entender é a motivação do assassino. Ele mostra ter um padrão, pois ele não mata todo mundo que ele vê pela frente. Ele escolhe as suas vítimas. Gosta de ir atrás delas todo o tempo sem que as pessoas ao redor descubram a verdade, fazendo jogos psicológicos com a vítima e quem está com ela acaba sofrendo as consequências.
Quem é um bom fã de terror, com certeza adoraria ir em um lugar com várias casas do terror, salas macabras, labirintos, muitos personagens bizarros e decorações que realmente parecem pessoas mortas de verdade. O filme inteiro é um verdadeiro cenário para uma festa de Halloween.
Vá sem medo de se decepcionar! Parque do Inferno estreia dia 22 de novembro em todo o Brasil e vai te proporcionar uma experiência aterrorizante.