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Crítica: O Clube dos Canibais

O Clube dos Canibais é um filme que estreou em março de 2019 e faz parte dessa leva de filmes de terror brasileiro que estão saindo recentemente . É muito bom para os fãs do terror ver que o Brasil está investindo mais nesse gênero. O cinema nacional ainda é mal visto e alvo de preconceito, principalmente aqui no Brasil. O que muita gente não sabe ou não se interessa em saber, é que existe muita coisa boa e que também tem saído materiais muito interessantes. O gênero terror não ficou fora dessa!

Otávio e Gilda, um casal da elite brasileira, definitivamente não tem nada de casal normal. Eles gostam de comer carne humana. Isso já fica claro logo no início do filme. Eles moram em uma casa de alto padrão e sempre acabam ‘renovando’ seus funcionários por conta desse hábito bizarro.

Otávio é membro de um clube secreto só de homens do mesmo padrão de vida que ele e que também são canibais. Além do canibalismo, outras coisas bizarras rolam nesse clube.

Ele é um membro importante dentro do clube, no qual Gilda não pode participar. É visto que essa situação causa bastante tensão dentro do relacionamento deles.

Em uma ocasião, Gilda acaba descobrindo um segredo de um membro importante do clube e isso acaba sendo arriscado para o casal, que precisa bolar um plano para sair dessa situação, pois as vidas deles correr perigo.

O canibalismo é usado nesse filme como uma metáfora para o capitalismo e ele passa uma mensagem política de maneira inteligente e satirizada, o que o torna mais divertido.

O filme passa uma ideia de caça e caçador, mostrando que o casal tem um instinto animal de querer pegar sua presa. E eles fazem de uma maneira inteligente, eficaz e sedutora.

Quando a gente pensa em filme de canibais, nem sempre é aquela coisa refinada como faz o Hannibal Lecter em suas cenas de canibalismo. Nesse filme é a mesma pegada. O requinte nas refeições torna as situações ainda mais bizarras e repugnantes. Pessoas sentadas em uma mesa comendo carne, mas que na realidade a carne é de outra pessoa.

 

Por trás desse requinte tem a parte que geralmente as pessoas não vêem quando comem carne. Aí que entra a parte pesada da coisa. Isso agradou muito, pois as cenas de gore e violência são muito bem dirigidas e muito bem filmadas. Foram usados efeitos práticos que impressionaram mesmo e são muito bem feitos.

Dirigido por Guto Parente, o filme é curto, tem apenas 80 minutos. Isso acaba estragando um pouco porque ele deixa um gostinho de querer ver mais coisas, já que a história é muito boa, mas é bem direta ao ponto.

Os atores não eram muito familiares, mas as atuações foram muito boas.

Você que gosta de um bom horror e quer ver algo mais local, ou você que tem preconceito com filmes brasileiros, esse filme pode ser uma boa indicação para você tentar mudar esse pensamento.

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