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Crítica – Não! Não Olhe!

Ainda estranho, divertidíssimo e mais bizarro do que nunca, Jordan Peele estreia seu quarto trabalho autoral no cinema com, Não! Não Olhe!. Mais uma obra fantástica do diretor, que desta vez, se deixa experimentar um pouco mais, sem nunca, é claro, perder sua assinatura tão peculiar.

No longa, acompanhamos a vida de O.J., personagem vivido pelo extraordinário Daniel Kaluuya, um sujeito com ares de quieto e profundamente reflexivo. Sem dar muitos spoiler, afinal essa é uma abra que merece ser vista sem qualquer tipo de informação “extra”, O.J. tenta levar sua vida de forma tranquila no Aras herdado de seu pai, quando eventos estranhos e até mesmo sobrenaturais, tiram o sossego do personagem e de seus preciosos cavalos. Agora, cabe a O.J. e sua irmã descobrirem o que está acontecendo no local.

Não! Não Olhe! - Só uma espiadinha! || Resenha

Como já era de se esperar, e assim com foi nos filmes anteriores, Não! Não Olhe! é mais uma história repleta de significados, alguns tão densos que podem sim fazer com que o expectador passe o resto do dia “digerindo” o que acabou de ver na tela grande. Outros tão conceituais e experimentais, que vão fazer com que você repense o que pensa sobre cinema.

O filme até pode parecer partir de uma premissa simplista, “o homem sempre querendo domar o indomável”, mas o texto busca algo muito além disso. Não! Não Olhe! é essencialmente um filme de terror, e como tal, funciona de maneira simplesmente fantástica. Principalmente quando depende de criar uma atmosfera única para gerar um desconforto na medida certa em quem está assistindo.

Como de praxe, o longa também traz uma discussão racial. Dessa vez o tema, ainda que de maneira um tanto filosófica, usa da figura do cowboy negro para criticar Hollywood, que desde o inicio dos tempos simplesmente ignorou totalmente um personagem assim.

Não! Não Olhe!” já está fazendo sucesso com crítica; veja reações

Arte, racismo, indústria do cinema, medo e terror. Tudo isso, e até mesmo algumas coisinhas a mais, tem espaço garantido do filme. Cada discussão, cada susto e cada construção de personagem tem o tempo certo de tela para tonar essa produção uma verdadeira obra cinematográfica.

Para os fãs os cinéfilos de plantão, ainda vale ressaltar que este, talvez seja o trabalho de Jordan Peele em que ele mais presta homenagens a outas grandes obras do cinema. Notar e descobrir cada uma dessas referências, é uma diversão a parte em um filme tão bom e tão poderoso como esse.

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