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Crítica – Mulher Maravilha 1984

Enfim, Mulher Maravilha tem sua estreia, e em meio a um ano tão estranho, o filme acerta em cheio quando deixa de lado as batalhas grandiosas e mira em um emocional discurso sobre esperança e aceitação, marca registrada da heroína em muitos de seus quadrinhos.

Na história, Diana Prince (Gal Gadot), leva sua vida agora trabalhando no Museu Smithsonian, em Washington. E ainda que tente não chamar a atenção com seu alter ego, a Mulher Maravilha não abandona sua vida de heroísmo. Tudo muda, quando um artefato misterioso, que parece realizar desejos, cai nas mãos de um homem cujo único objetivo é ser a maior e mais influente personalidade do planeta.

Patty Jenkins, que retorna a direção, apresenta aqui um lado pouco usual nos universos recentes de adaptação de super heróis, mas que se liga intimamente às histórias em quadrinhos. Qualquer um que já tenha dado uma boa lida em uma HQ da Mulher Maravilha sabe que, ainda que em termos de força a personagem possa em termos se equivaler ao Superman, nem sempre ela resolve tudo em uma grande batalha, por vezes persuadindo seus inimigos a não escolherem o caminho mais fácil. A Diana dos quadrinhos é sim uma guerreira forte e habilidosa, mas como tal, sabe que nem sempre a força bruta é a única solução. E é esse traço que vemos em Mulher Maravilha 1984.

A ambientação proposta por Jenkins, ao levar a trama para os anos 80, é um deleite a parte para qualquer fã. Desde a fotografia, até o direção de arte nada parece errar ao entregar um filme graficamente bem feito. No quesito atuação, o destaque vai para Kristen Wiig, que interpreta Barbara Minerva. A atriz que já ganhou destaque por seu timming cômico, faz bom uso da evolução de sua personagem e entrega uma atuação surpreendente.

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Mesmo que a simplicidade do roteiro seja justificada por suas referências na Era de Ouro dos quadrinhos, os excessos nas faltas de explicações podem gerar uma sensação desconfortável em alguns expectadores, tirando a atenção rapidamente da imersão que o filme deveria manter. Alguns pontos motivacionais do roteiro, em especial no que diz respeito a Maxwell Lord, vivido por Pedro Pascal, também acabam deixando a desejar, algumas conveniências atropelam a trama tirando a força que o antagonista precisaria para gerar o impacto necessário.

De maneira geral, Mulher Maravilha 1984 é sim um filme menor em comparação ao seu antecessor, mas nem de longe pior. As referências propostas pela diretora, remontam um tempo diferente, onde segundo ela mesma, os heróis eram feitos para inspirar gerações. Jenkins conhece o cinema de super herói, e sabe muito bem o que esta fazendo quando revela sua versão da Princesa de Thesmyscira, uma heroína completa e inspiradora.

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