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Crítica | Mestres do Universo: Salvando Etérnia

Mestres do Universo, nova série animada da Netflix, remonta o universo de He-Man surpreendendo e quebrando  expectativas. Alçando personagens secundários ao protagonismo para contar uma história única, mais profunda e menos genérica que o material original.

Encabeçado pelo cineasta Kevin Smith, a história inicia com uma típica batalha pelo Castelo de Grayskull. A luta teria um desfecho episódico se não fosse pelo seu final devastador. Aqui, já é possível notar as significativas mudanças propostas por Smith, se no passado Etérnia baseava sua existência em uma infindável batalha dicotômica entre Esqueleto e He-Man, agora este universo precisa se reinventar. Lacaios antes sem muito carisma, buscam uma identidade própria e isso acrescenta uma identidade jamais abordada, proporcionando uma camada a mais à série e  aumentando os horizontes deste universo para além do herói e do vilão. Mais do que isso, o próprio planeta ganha uma importância maior, afinal, uma vez sem magia e sem uma figura heroica, como ficaria Etérnia?

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Mas do que qualquer cosia, Mestres do Universo é sobre jornada. Antes separados pelo maniqueísmo, bem contra o mau, agora heróis e vilões tem de se ajudar para salvar Etérnia, que parece condenada sem sua essência maior, a magia. Duas personagens conseguem ganhar um destaque aqui, Teela (Sarah Michelle Gellar) e Maligna (Lena Headey), muito longe de qualquer crítica que a internet possa ter dizer destas, ambas são alçadas a protagonistas da história de maneira justa. Ao contrário do que se poderia esperar, a jornada de cada uma não substitui história dos protagonistas originais, mas se desdobram em uma nova perspectiva para a série.

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Mas nem apenas de elementos novos vive Mestres do Universo, os fãs do material original também vão encontrar inúmeras referências a história do He-Man em praticamente todos os episódios, incluindo versões diferentes do heróis, além do primeiro Campeão de Etérnia, o próprio Grayskull.

De maneira geral, Mestres do Universo: Salvando Etérnia, é um tremendo acerto, tanto para Kevin Smith, quanto para a Netflix. Na busca por uma modernização da obra, Smith elevou o nível da história, expandiu horizontes e quebrou a formula básica de heróis contra vilão sem descaracterizar em nada o universo. Fica nossa expectativa para a segunda parte desta história, que segundo o próprio idealizador terá batalhas maiores que colocará mais coisas em jogo.

E aí, empolgou?

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