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Crítica: A Maldição da Casa Winchester

As expectativas estavam nas alturas pelo filme A Maldição da Casa Winchester. O primeiro motivo é pelo fato da casa realmente existir e algumas coisas serem inspiradas em fatos reais. O elenco também deixou a vontade de ver ainda maior. Helen Miren, ganhadora do Oscar e uma excelente atriz está nesse filme e interpreta a viúva Sarah Winchester.

 

Vida real

A verdadeira mansão em que o filme se inspirou fica na Califórnia e é extremamente curiosa. A verdadeira Sarah era herdeira da fábrica de armas Winchester.  Antes de morrer, ela construiu vários cômodos na para abrigar espíritos inquietos. Dizia ela que a casa era construída por eles, que a orientavam  para fazer os quartos. Ela se considerava amaldiçoada por lucrar com a morte de várias pessoas.

Imagens reais da casa em San Jose, Califórnia.

 

Filme

A casa estava em construção 24h por dia. O grande foco do filme está nela e a cada intervalo entre uma cena e outra, ela é apresentada em um ângulo diferente para mostrar que as construções não param. Nota-se bem a falta de conexão entre os cômodos, pois a viúva ia construindo em vários lugares sem se preocupar onde eles iam dar. O filme consegue mostrar partes bem semelhantes aos da casa verdadeira.

A viúva  tem a sanidade questionável. A empresa Winchester solicita que um terapeuta vá até ela e verifique sua saúde mental para saber se ela ainda tem direito a herança que foi lhe dada após a morte de seu marido. A princípio o terapeuta Eric Price não acredita em Sarah. Ela que alega ser amaldiçoada pelos espíritos que a empresa matou indiretamente, afinal Winchester fabrica e vende armas de fogo.

A partir do momento que Eric começa a ver coisas, isso não o faz sair da casa e nem acreditar em Sarah. Graças ao roteiro, pelo menos essa parte é justificada, pois ele tem um vício em uma medicação que o faz achar que vê coisas que não existem, então a todo tempo ele pensa que sua mente está brincando com ele. É explicável, pois ele não acredita no sobrenatural e sim que a nossa mente pode pregar peças e é bem influenciável.

A trama é bem cliché e não inova em nada no gênero. Os sustos são sem graça, super previsíveis e mais uma vez veremos um filme que aposta nos jumpscares para assustar. Os personagens não são cativantes e não nos preocupamos com eles em nenhum momento. Talvez o único que seja interessante é a própria viúva.

De uma maneira geral é fácil entender a trama, mas não aproveitaram bem a verdadeira história por trás do filme. Mais uma vez um espírito maligno em busca vingança e assim nos é apresentado algo repetitivo e sem graça. Se explorassem a construção da casa, mostrando algumas origens da família e da maldição em que eles se envolveram seria mais interessante. Alguns absurdos acontecem no decorrer da história e infelizmente não tem uma justificativa plausível dentro do roteiro.

Infelizmente mais um filme de terror muito esperado  esse ano que não apresentou nada inovador e envolvente. Ele é esquecível e cria poucos climas de tensão e não faz você se envolver na trama, muito menos te assustar. Por mais que muitos filmes de terror não tenham a intenção de te fazer pular, esse tinha, mas não conseguiu. Parecem ter caminhado para lado mais fácil e explorado algo ja contado várias vezes.

One thought on “Crítica: A Maldição da Casa Winchester

  • Paula Kuri

    A Maldição da Casa Winchester pode ser considerado o melhor resultado deles até agora: uma história bem relatada, simples mas correta e honesta no seu propósito, sem exageros ou extravagâncias. Eles tiveram o cuidado de copiar exatamente tudo o que fora relatado sobre a Mansão, cada detalhe, e, a partir daí, utilizarem elementos sobrenaturais bem consistentes para explicarem tudo por trás do mistério. Considerando todo o filme, a Maldição da Casa Winchester é uma obra com história e personagens cativantes mas com pouco enredo e um tanto quanto repetitiva. É um interessante filme de suspense mas sem algo especial para acrescentar. A trilha sonora é espetacular, assim como o grande elenco: Jason Clarke (‘Planeta dos Macacos: O Confronto’), Sarah Snook (‘Jessabelle’) e Angus Sampson (do óptimo Sobrenatural: A Última Chave, aqui deixo o link com os próximos horários: https://br.hbomax.tv/movie/TTL617490/Sobrenatural-A-Ultima-Chave). O filme poderia oferecer novas possibilidades para um conceito clássico do terror. A ideia de casas mal-assombradas é fascinante, mas o risco de se cair em clichês previsíveis é igualmente alta.

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