Crítica: John Wick 4: Baba Yaga
A franquia John Wick nos cinemas, viveu uma clara e honesta escalada desenfreada da ação. Nitidamente este é o maior proposito dos filmes e de longe sua maior qualidade. Se em certos momentos o roteiro mostra pequenas falhas ou se perde na construção de idiossincrasias desnecessárias, está tudo bem. Tudo fica pequeno perto da qualidade gigantesca que Keanu Reeves encarna em tela e principalmente na genialidade da direção do filme.
Em John Wick 4, continuamos acompanhando a jornada do protagonista ao tentar se desvencilhar de vez da Cúpula, a associação da assassinos que notoriamente a cada filme parece mais, e mais, dominar o mundo. Desta vez, John tem como seu inimigo o Marques (Bill Skarsgard), que aqui vive como a personificação da Cúpula. Uma pessoa com recursos ilimitados, sádico e calculista, um antagonista não físico, mas mental para John Wick.
Desde o segundo filme da franquia é possível notar um certo esforço do roteiro em explorar vários aspectos deste universo, tudo com o nítido intuito de destrinchar a franquia em séries e filmes derivados, como é o caso de Bailarina, que contará a história das Bailarinas Assassinas Russas, apresentadas no filme passado. Ou até mesmo a série Continental, mostrando mais sobre a rede de hotéis. Entretanto, ainda que o filme dedique tempo a expandir seu universo, nada abala o ritmo da história, a jornada do protagonista é clara e progride com tranquilidade.
O maior destaque, como esperado, fica com a direção. Não penas nas cenas de ação, que mais uma vez, literalmente, tiram o fôlego do expectador. Mas também da fotografia, da direção de arte e dos efeitos especiais. John Wick 4 parece encontrar um equilíbrio muito difícil, entre cenas de ação clássicas do cinema do gênero e uma modernização inspiradas em grandes títulos do mundo dos games. Alcançando um resultado incrivelmente bonito e dinâmico, uma assinatura para franquia, que certamente vai inspirar outras produções no futuro.
No fim, ainda que o capitulo 4 da jornada de John Wick carregue consigo ares de despedida e conclusão, o universo apresentado ainda tem muita história para contar e personagens para ser explorados. E certamente, muitos expectadores ansiosos com todas essas possibilidades.