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Crítica – Exterminador do Futuro: Destino Sombrio

De 1984 para cá, a franquia Exterminador do Futuro simplesmente tomou de assalto o cinema blockbuster, arrebatando uma verdadeira legião de fãs e apaixonados por ficção cientifica. Com 5 sequências ao longo destes anos, as 2 primeiras ainda são consideradas verdadeiros marcos na história do cinema pop, entretanto as outras 3 tentativas de ressuscitar a franquia não foram tão bem recebidas pelos fãs. Em 2019, com o retorno do idealizador do título, James Cameron, Exterminador no Futuro: Destino Sombrio trás um novo gás ao longa aprofundando seu universo e deixando uma porta aberta para um novo amanhã.

A trama descarta sumariamente tudo o que foi produzido após o Julgamento Final, segundo longa da franquia, e embarca em mostrar os eventos que seguiram após o desfecho do segundo longa. A nova ameaça, responsável pelo apocalipse das maquinas, envia um novo modelo de exterminador, conhecido como Rev-9 (Gabriel Luna), mata assassinar Dani Ramos (Natalia Reyes), a nova protagonista e futuro da resistência. Para proteger a garota, a humana aprimorada, Grace (Mackenzie Davis) também enviada de volta no tempo. Linda Hamilton, reprisa seu papel como Sarah Connor, mais velha, mais experiente e com algumas cicatrizes profundas, a veterana “compra” a missão de Grace e faz tudo ao seu alcance para deter o exterminador.

Talvez o maior acerto desse filme esteja em sua direção. Tim Miller, de Deadpool, consegue entregar cenas de ação que beiram a perfeição. Em sequências que vão literalmente deixar o expectador na pontinha da cadeira. Ainda que algumas dessas cenas façam referências diretas a momentos históricos da franquia, essa homenagem cai muito bem e deixa a produção com ares de nostalgia. Vale o destaque para os primeiros 5 minutos do filme, que além de explorar cenas do longa de 91 trás uma sequencia que mostra o futuro imediato de Sarah Connor e seu filho John Connor. Tanto pela direção quanto pelo roteiro esses primeiros minutos vão deixar os fãs boquiabertos.

Mas se a direção e a atuação convencem, o maior problema de Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, fica por conta de seu roteiro. Contando com uma virada previsível e nada inovadora, o longa poupa muitas explicações sobre a nova ameaça. Ainda que conte com o auxilio de flashbacks de Grace para preencher algumas lacunas, o longa exageram em sequencias gigantescas de tiroteios e perseguições colocando em detrimento os momentos de calma e explicações. Nada que uma vindoura sequencia não possa explorar, mas é algo que faz falta no “corpo” do filme.

Quem rouba a cena totalmente, ainda que esteja em um papel coadjuvante é Linda Hamilton, a eterna Sarah Connor. Muito além de funcionar como um ícone nostálgico, Sarah tem uma missão e um proposito próprio, talvez a evolução mias natural dentro do roteiro entre todos os personagens.

Um dos méritos do retorno de James Cameron esta no resgate de alguns valores da franquia. De maneira natural e muito bem pensado o longa ganha ares de girl power, colando 3 protagonistas mulheres quebrando tudo na batalha contra o exterminador. Além disso, várias outras discussões ganham espaço na trama, como a substituição de empregados por maquinas em grandes fabricas e até questões raciais, afinal a nova “salvadora” do futuro é mexicana.

De maneira geral o longa é muito mais competente do que suas versões descartadas como A Rebelião das Maquinas, A Salvação e Genesis. Exterminador do Futuro: Destino Sombrio parece carregar mais o DNA da franquia, ainda que peque gravemente na “passagem de bastão” para a nova geração da resistência. Ainda assim, é um bom filme para o final de semana.

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