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Crítica – Contra o Mundo

Quando o mundo dos games vira uma espécie de “gênero” nas mãos de Hollywood, normalmente isso tende a terminar em uma adaptação muito mais fiel do que vários títulos que não carregam mais do que o nome do joguinho. É o caso de Contra o Mundo, estrelado por Bill Skarsgård e que estreia nos cinemas nesta semana.

Engenhosamente inspirado pelo estilo Beat’em Up, ou seja, aqueles jogos cujo único objetivo é cair na porrada fase após fase, Contra o Mundo opera em um equilíbrio entre manter essa essência crua, enquanto ainda encontra tempo para elaborar todo um discurso antitotalitarista, e mostrar as batalhas de classe em um mundo mantido por um governo autoritário.

  

A trama, tanto quando a de qualquer jogo do gênero, não poderia ser mais simples: Um garoto é treinado desde muito jovem, para se tornar uma verdadeira arma de destruição. Sendo seu único objetivo, acabar com o governo selvagem de Hilda Van Der Koy (Famke Janssen) e vingar sua família morta. Para isso, ele se infiltra na mansão dos Van Der Koy e inicia sua vingança fase a fase, exatamente como em um game, com direito inclusive aos “Chefões”, cada vez maiores e mais estravagantes. Reservando inclusive uma reviravolta no ato final, tudo para o entretenimento do jogador, ou melhor, da audiência.

A produção, encabeçada pelo diretor Moritz Mohr, traz um verdadeiro espetáculo visual ao criar cenas de luta extremamente bem coreografadas, com poucos cortes e muita violência gráfica.

Talvez o maior acerto da produção, esteja em não se levar nada a sério. A própria simplicidade do roteiro, repleto de conveniências, não escapa de virar piada em vários momentos do filme.

Existem aqueles que podem enxergar Contra o Mundo, como uma produção boba e sem sentido, e de fato, definitivamente não é um filme para qualquer um. É preciso entender um contexto muito específico para que os acertos do longa saltem aos olhos. E ainda que a gente saiba que um filme deste tamanho precisa ser mais plural, é inegável que muitos fãs de jogos como Double Dragon, Final Fight, ou mesmo Mortal Kombat, vão esboçar um sorriso orgulhoso a cada nova cena de luta que referenciam estes games.

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