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Crítica: Capitão América – Guerra Civil

Em 2008, a Marvel dava seu primeiro passo no cinema com o Homem de Ferro. À quase 10 anos atrás o estúdio iniciava seu universo cinematográfico, de lá para cá, foram vários acertos e alguns erros. Com os erros a empresa aprendeu, e muito. Hoje a Marvel já não testa sua audiência para saber o que funciona, ela sabe o que seu público espera e acerta em cheio com suas produções.

Em Capitão América: Guerra Civil, parece que o estúdio encontrou o ponto perfeito de equilíbrio para seus filmes, mesclando a seriedade da icônica saga dos quadrinhos, com o já característico humor dos longas anteriores. Os diretores, Joe e Anthony Russo, já vinham provando seu potencial com o belíssimo Soldado Invernal, para muitos uma das melhores adaptações da editora. Em Guerra Civil o desafio era maior, sintetizar uma das mais grandiosas sagas dos quadrinhos, além de preparar o terreno para as vindouras produções da Marvel. Tudo isso, é claro, mantendo o característico padrão de qualidade da editora.

O longa usa bem o “plot” central da trama nos quadrinhos, transportando o conflito que colocou herói contra herói para as telonas. O enredo se inicia com o Capitão América (Chris Evans), liderando seus novos Vingadores em uma missão. Esta não termina bem, ocasionando danos colaterais, fazendo com o que o governo precise tomar uma atitude. Uma agencia é criada para supervisionar e dirigir a equipe, fato que divide a equipe em duas frentes. Uma liderada pelo Capitão América, que acredita que a interferência do governo é algo ruim, e outra liderada por Tony Stark (Robert Downey Jr), que surpreende a todos ao se colocar à disposição do governo.

Ao contrário do que estamos acostumados a ver, aqui somos apresentados ao outro lado de Tony Stark. Mais frio e sem muitas piadas, o personagem passa todo o drama da situação. Uma evolução necessária representada muito bem por Downey Jr. Mas se engana quem acha que o filme é pesado e sombrio do início ao fim. Na falta de um Stark irônico, temos duas grandes aquisições ao universo, com aparições hilárias o Homem Formiga (Paul Rudd) e o Homem Aranha (Tom Holland) são responsáveis por alguns dos melhores momentos do filme.

No quesito apresentação de personagem, o longa é impecável. A introdução do Pantera Negra, convence tanto quando a atuação de Chadwick Boseman, que se entregou totalmente ao papel. Sua participação na história é vital, e o personagem sai pronto para seu próprio longa. Já o Homem Aranha de Holland, é uma grandiosa surpresa. Mesmo com pouco tempo de tela, é inegável o quanto o personagem cresce nas mãos certas. Cada ação, cada frase e cada movimento, tudo remete aos quadrinhos. É ótimo saber que o Cabeça de Teia voltou para casa.

Guerra Civil acaba sendo mais do que apenas o terceiro longa do Capitão América. A história é um importante arco para todo o Universo Cinematográfico da Marvel. A produção, por sua vez, é um deleite para todos os fãs de quadrinhos.

Que venha o Doutor Estranho e que venha a Guerra Infinita.

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