Crítica- Campo do Medo
No dia 4 de outubro entrou para o catálogo mais um filme de terror original da Netflix. Campo do Medo é baseado em um conto do autor Stephen King, junto com seu filho Joe Hill. Na direção está Vincenzo Natali, que dirigiu O Cubo (1997).
Esse parece ser um bom ano para Stephen King, que já teve duas de suas obras adaptadas para o cinema só em 2019 e logo mais, Dr. Sono chega aos cinemas também.
Na trama, Becky e Cal, um casal de irmãos está viajando pela estrada. Eles resolvem parar o carro em frente à uma igreja, quando ouvem um menino pedir socorro no meio de um alto matagal. Eles vão ajudar o menino a sair de lá, mas também ficam presos.
A premissa é bem básica e em um primeiro momento, o matagal não parece oferecer nenhum tipo de risco e é natural que qualquer pessoa tente ajudar uma criança. Porém, ainda sim qualquer adulto pode julgar o lugar como possivelmente perigoso.
Quanto mais o tempo passa, mais parece estúpida a ideia de ficar perdido dentro de um matagal ao lado de uma rodovia. Mas o que acontece lá dentro, é algo que pode confundir a mente do telespectador, como eventos estranhos e coisas mudando de lugar sem uma explicação plausível.
Em cada etapa do filme, ele narra a maneira que cada um entrou no matagal e como estão conectados.
Não demora muito para que o filme dê uma grande pista sobre o mistério que está por trás de tudo que acontece lá dentro. Acontecimentos bizarros ao longo da trama vão instigando e prendendo a atenção. As cenas de calor em meio ao matagal proporcionam um grande desconforto, com insetos pousando no rosto, a grama roçando na perna e muita lama e sujeira.
O elenco não é muito conhecido, mas também não desaponta. O único ali que já estamos bem familiarizados é Patrick Wilson, que já fez vários trabalhos no terror e é o grande destaque do filme.
Campo do Medo pode gerar várias dúvidas no decorrer da história, mas consegue manter o telespectador interessado do início ao fim.
As escolhas erradas na vida dos personagens começam a aparecer e também conhecemos mais a fundo a personalidade de cada um. A grande mensagem é que todos nós estamos no controle do nosso destino e que nós podemos escapar das possíveis armadilhas que virão a surgir nas nossas vidas, e assim, tomar as decisões corretas.