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Crítica – Bad Boys para Sempre

Homenageando e referenciando o aclamado estilo buddy cop, popular nos cinemas dos anos 80, os Bad Boys, Mike Lowrey (Will Smith) e Marcus Burnett (Martin Lawrence) voltam às ruas de Miami desta vez para capturar um assassino atirador de elite, intenso e intimamente ligado aos policiais.

Ainda que, pela primeira vez, fora das mãos de Michael Bay, diretor e criador da franquia desde seu inicio em 95, Bad Boys para Sempre, consegue atualizar um gênero já pouco visitado atualmente nos cinemas, resgatando o entretenimento à moda antiga.

Na história, acompanhamos Mike e Marcus no encalço de um exímio atirador de elite, que esta executando alvos específicos por Miami. Um caso do passado, coloca Lowrey  na mira do assassino. Cabe aos Bad Boys, e uma jovem equipe de uma nova divisão dentro do departamento de policia, capturar o criminoso.

Apesar de simples, a história funciona bem para os velhos fãs da franquia, ainda que longe dos exageros cinematográficos que marcaram o primeiro e o segundo longa, nas mãos de Bay, aqui, a história brinca com o passado e o presente dos protagonistas, que assim como o gênero, são considerados velhos pela nova geração. De maneira geral o filme trata de legado, aceitação e envelhecer. Entre as três sequencias, pode-se dizer que esta é a mais dramática. Logo de incio uma tragedia já bate forte, e ao longo do filme, essa, acaba por ir pontuando toda a trama, fazendo um balanço emocional muito competente, entre momentos tristes e o humor genial, que apenas Martin Lawrence consegue trazer.

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A direção da dupla belga, Adil e Bilall, não chega a ser um ponto muito forte do longa, mas esta longe de atrapalhar o andamento das coisas. Ainda pouco conhecida no grande mercado de Hollywood, a dupla peca em não encontrar sua própria assinatura de direção, buscando pontualmente emular as câmeras e maneirismos de Michael Bay. Já quando mostram seu estilo, o filme tem um grande ganho estético.

O roteiro em si, não empolga como um todo, mas acerta no desenvolvimento dos personagens. Estar no gênero buddy cop, não faz a história se levar tão a sério, dando tempo de sobra para trabalhar toda a estranheza que a nova geração pode ter em ver dois tiozões saídos do incio dos anos 90 tentando resolver tudo na “lábia” ou na “bala”. O humor nesse conflito de gerações é uma peça chave para que o longa funcione bem.

Para as adições do elenco, o destaque vai para Alexander Ludwig, o Bjorn da série Vikings, que demonstra um belo timming para a comédia, e para a carismática Paola Nuñez, que consegue roubar a cena várias vezes ao longo do filme.

Talvez a maior decepção com Bad Boys para Sempre, esteja em seus últimos minutos. Ainda que tudo indicasse um fim digno para a dupla de tiras, a obsessão de Hollywood por longas franquias, faz com que o roteiro volte atrás e ainda plante uma semente para uma vindoura e desnecessária sequência. Resta apenas esperar.

No fim das contas, Bad Boys para Sempre, consegue entregar de maneira justa aquilo que prometeu: Entretenimento à moda antiga!

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