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CRÍTICA – Adoráveis Mulheres

Adoráveis Mulheres estreia nessa quinta-feira, dia 9 de janeiro, em todo o Brasil. O novo filme da diretora de Lady Birdy, Greta Gerwig, chega aos cinemas com a promessa de trazer uma releitura digna do clássico Mulherzinhas, livro de Louisa May Alcott, lançado há 150 anos.

Já tendo sido adaptada diversas vezes (teatro, TV e cinema), a trama conta a história de quatro irmãs: Beth March (Eliza Scanlen), Jo March (Saoirse Ronan), Meg March (Emma Watson) e Amy March (Florence Pugh). Com personalidades distintas, observamos as irmãs enfrentando os desafios de viver em uma sociedade patriarcal em pleno anos 20. O feminismo é um tema recorrente e importante durante o longa, fazendo com que, mesmo sendo de época, seu discurso seja bem atual.

O elenco é definitivamente uma das melhores escolhas do longa. Saoirse Ronan, que também protagonizou Lady Bird, parece ter sido feita para o papel de Jo March. Ela emprega naturalidade e frescor à personagem, dando vida a irmã com personalidade mais forte. Emma Watson, nossa eterna Hermione Granger, sempre impecável na atuação, não deixa a desejar mais uma vez.

Florence Pugh interpreta Amy, irmã que sempre foi vista como uma espécia de vilã pelos fãs. Mas, além de Pugh conseguir captar a simpatia do público, é de sua personagem um dos discursos mais pungentes do filme, abordando a realidade do casamento vivida pelas mulheres na época, que nada mais era do que um contrato financeiro. Laura Dern abraça o espectador desempenhando o papel de uma mãe forte e compreensiva. E, apesar de sua personagem não ter tido muito destaque, Meryl Streep entrega uma boa atuação, como de costume.

O figurino e a fotografia são excelentes, e concretizam bem o papel de dar a atmosfera adequada para a trama. O resultado é um filme político, mas ao mesmo tempo delicado e engraçado. A trilha sonora, feita por Alexandre Despat, dá o toque final que toda boa história precisa e harmoniza perfeitamente os momentos vividos pelos personagens.

Adoráveis Mulheres é um filme que preenche todos os requisitos para ser considerado bom, mas não memorável. Mesmo tendo um discurso feminista válido e importantíssimo, quando comparamos o longa com seus concorrentes para as premiações de 2020, acaba não sendo uma grande obra.

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