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Crítica – A Queda

Acrofobia é o nome dado a sensação de pânico em lugares altos, exatamente o tipo de medo que A Queda, longa escrito e dirigido por Scott Mann, vai fazer você sentir.

Na trama acompanhamos duas amigas, alpinistas, vividas por Grace Fulton e Virginia Gardner, que após meses se recuperando de um terrível acidente, decidem deixar o luto para trás e escalar uma torre abandonada de televisão, não qualquer torre, mas uma das maiores do mundo. Apesar do trauma da última desventura, as amigas encaram o desafio, entretanto as condições precárias do local acabam fazendo com que as duas fiquem presas no topo. A partir daí se inicia uma verdadeira jornada tensa e perigosa em busca de um modo para que ambas saiam com vida da situação.

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Nitidamente a produção bebe da fonte de outros filmes similares, como 127 Horas, com James Franco, colocando seu protagonista em um ambiente isolado e tenso. Aqui, ainda que com um impacto bem menor, a fórmula funciona. É fácil se conectar com as personagens principais, e mais do que isso, entender como foram parar naquela situação.

A bem da verdade, sabemos que filme tinha uma intenção diferente originalmente. Scott Mann planejou o longa de maneira independente, e sua classificação seria 18 mais. Entretanto, um acordo de distribuição com a Lionsgate, alterou situações e cortou principalmente qualquer uso de linguagem inapropriada. O tamanho das alterações no resultado final da produção, jamais saberemos ao certo, todavia sabemos que interferências criativas no roteiro e na edição quase sempre são muito ruins.

Mas se por um lado, as mudanças impostas e o baixo orçamento ficam evidentes no longa, principalmente nos efeitos visuais, a direção e principalmente a fotografia cumprem seu papel e são criam um show aparte. Com um jogo de câmera certeiro e principalmente uma edição primorosa, é fácil o espectador se pegar quase que a todo momento flutuando entre uma sensação de vertigem forte e um desconfortável frio na barriga. Ponto para o diretor.

A Queda" tem trailer oficial divulgado

O roteiro ainda dedica um certo tempo a algumas viradas inesperadas e revelações surpreendentes no meio da trama. Tudo funciona e ajuda bem no ritmo, principalmente quando se faz necessário preencher 1 hora e 50 minutos de filme.

No fim, A Queda, se mostra um entretenimento acima da média. Proporcionando uma experiência profunda e diferente ao expectador que apesar do medo e do desconforto com toda aquela altura, certamente não conseguirá tirar os olhos da tela.

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