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Bohemian Rhapsody – Crítica

Para quem estava aguardando ansiosamente, Bohemian Rhapsody vai para as telonas! O filme sofreu alguns problemas de produção por causa da saída do diretor Brian Singer, mas sua estreia não foi postergada, muito pelo contrário. O filme estreou lá fora antes do previsto e agora dia 1º de novembro vai estrear aqui no Brasil.

Muitas opiniões já foram lançadas e discutidas a respeito. O fato é que o filme esta dividindo as críticas.
A história contada começa no ano de 1970, onde
Freddie Mercury ainda trabalhava no aeroporto de Heathrow e atendia pelo nome de Farookh Bulsara. Ela vai até 1985, no show épico da banda no festival Live Aid. O filme não vai além e nem retrata a morte de Mercury e muito menos a continuação da banda sem ele.
O problema começa com a cronologia dos poucos fatos que o filme nos apresentou. Deram uma boa lavada na história e nem mostraram metade do que Freddie foi. Não sei até que ponto mascarar os
fatos para que Freddie não fosse visto de uma maneira negativa foi bom. Na biografia de Laura Jackson – que é uma fã assumida e acompanhou a vida dele dizia que ele poderia cometer crueldades em nome do estrelato. O que foi mostrado apenas como algo “cruel”, foi seu afastamento da banda para fazer carreira solo. Mostram um Freddie confiante que ao passar dos anos foi ficando mais solitário. O que não mostram claramente é sua insegurança que só é escondida quando ele subia nos palcos. A parte das festas e envolvimentos como homens ficou claro mas não foi o foco. Enaltecer sua relação com Mary pareceu mais importante. Seu namoro com Jim Hutton foi mostrado no filme de forma bem rasa e apenas no final.

Tudo bem que o foco do filme não era no próprio Freddie e sim na banda e como eles chegaram ao sucesso. Foi interessante saber alguns processos de composição das músicas quando a banda estava em conjunto, mas separadamente só mostraram Freddie escrevendo aleatoriamente, como ele realmente fazia – pegava qualquer pedaço de papel que via para fazer anotações.

Acabaram por não focar em nada e mostrar fatos soltos sem nenhum contexto. Não apresentaram a banda em si, os próprios integrantes não foram conhecidos mais a fundo pelo público, não sabíamos quase nada sobre eles. Eu sei que se você já é um fã, não é necessário uma apresentação. Mas caso conheça pouco e queira se aprofundar mais, sugiro que procure outra fonte de informação.

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Tiveram também alguns erros na linha temporal, como fatos que estão com os anos trocados. Erraram a data de composição da música ‘We Will Rock You’, que foi feita em 1977, mas no filme foi relatada em 1980. Freddie foi diagnosticado com AIDS em 1987, mas o filme vai até 1985 e ele já sabia que tinha a doença. Existem mais erros, mas esses ficaram bem evidentes.

Acredito que o pessoal está mais curioso em saber como foi a performance de Rami Malik. Infelizmente, não vi o Freddie em nenhum momento. Ele soube imitá-lo muito bem, com seus jeitos no palco e suas danças. Não passou disso. Sua performance no palco não era natural e na épica apresentação no Live Aid ele entregou um Freddie mecânico.

Não quero deixar ninguém que leu até aqui sem vontade de ver o filme, mas para uma biografia ele infelizmente não cumpriu todos os papéis necessários. Parece que na hora de construir o roteiro faltou estudar mais a trajetória da banda. Ou não souberam administrar o tempo que tinham e resumiram o que não deveriam ter resumido. O engraçado é que Brian May e Roger Taylor estiveram lá na produção. Eles ajudaram os atores que os interpretaram em aulas de bateria e guitarra e a incorporá-los melhor. Esse processo eu vi em uma entrevista e foi bem interessante assistir.

Por fim, o filme é bem pincelado e ‘redondinho’, perfeito para todos os públicos, sem cenas chocantes ou polêmicas. Típico filme comercial que sempre agrada geral, mas os que sofrem são os fãs mais antigos.

One thought on “Bohemian Rhapsody – Crítica

  • Yael Picolo Alves Ampessan

    Interessante! Irei ver o filme.

    Resposta

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