Atômica
Na trama, Charlize Theron interpreta a inteligente e habilidosa agente Lorraine Broughton, que é convocada para a ação quando um espião secreto da MI6 é morto pouco antes da queda do Muro de Berlim. Ela terá que rastrear uma lista que que estava sendo contrabandeada por ele para o oeste, a fim de evitar que ela e seus colegas sejam colocados em perigo pela revelação das informações presentes no documento. Sua missão desencadeia um jogo mortal de agentes duplos e agendas globais.
A história é contada em forma de flashback, usando uma mesa de interrogatório como respiro para as intensas cenas de ação. A protagonista deixa claro que não precisa de um guia ou um braço amigo, e sabe muito bem discernir o certo do errado. Além dela, James McAvoy também está incrível no filme como David Percival, o chefe da localidade.
A trilha sonora está recheada de ótimas músicas dos anos oitenta (daquelas que você sai do cinema querendo ouvir a semana toda), a fotografia combina perfeitamente o contraste entre claro, escuro e neon, com enquadramentos que valorizam bastante a estética da época em que o filme se passa, e as cenas de luta são extremamente bem coreografadas, com planos sequência intensos e longos. O humor está presente nos momentos certos, sem faltar nem sobrar.
A premissa do filme é bem interessante, mas a execução acaba decepcionando um pouco. Existem tantas reviravoltas no enredo que o espectador acaba se perdendo e esquecendo quem traiu quem, e o elemento surpresa se perde. Além disso, em alguns momentos a estética do filme se sobressai ao roteiro a ponto de transformar o filme em um videoclipe, deixando a história de lado.
Charlize Theron, com seus 42 anos e em perfeita forma, se mostra à altura de espiões como James Bond, Jason Bourne e John Wick. Quando se fala em filmes de ação e espionagem, ‘Atômica’ já pode ser considerado um ícone do gênero.