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Crítica – Pânico VI

Mesmo sem sua característica final girl, Sidney Prescott (Neve Campbell), Pânico VI mergulha em seu próprio universo e rescreve seu livro de regras, agora para sobreviver a uma franquia de terror slasher.

Se lá em 1996, Wes Craven, praticamente reinventou a fórmula do gênero desconstruindo elementos batidos, hoje, a franquia tem estofo de sobra para realinhar suas próprias peças e ainda surpreender o espectador com um resultado completamente inesperado.

Na trama acompanhamos os sobreviventes do filme anterior, Sam (Melissa Barrera), Tara (Jenna Ortega), Mindy (Jasmin Saviy Brown) e Chad (Mason Gooding), agora tentando levar suas vidas em Nova York, longe do caos de Woodsboro. Ainda que os fantasmas do passado continuem assombrando o quarteto, é apenas quando novos assassinatos começam a aparecer que eles descobrem que não podem deixar os traumas para trás e devem enfrentar um novo Ghostface.

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Logo na sequência que abre o filme é fácil notar, Pânico VI é filme feito sob medida para os fãs da franquia. Existe um esmero, por parte do roteiro e direção, para ajustar pequenos detalhes que vão dando dicas do que pode acontecer, e principalmente, de quem pode ser o assassino da vez. Entretanto, ao mesmo tempo em que as dicas são dadas, expectativas também são quebradas, tudo para deixar o espectador na pontinha da poltrona cheio de dúvidas e muita tensão.

Contudo, apesar da direção brilhante comandada por Matt Bettineli-Olpin e Tyler Gillet, é fácil sentir um leve desgaste com a história. Mesmo ao se reinventar, tanto no que diz respeito ao novo Ghostface, quanto aos sobreviventes, é possível notar um tratamento especial com certo personagens, que por vezes surgem quase invulneráveis, enquanto outros parecem frágeis demais.

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Um arco que vale a pena destacar é a de Gale Weathers (Courtney Cox), a única da velha turma a retornar, e aqui, ela enfim reclama o posto de final girl, afinal ele também é uma sobrevivente. Ainda assim, mesmo que a personagem caminhe com sua história, a participação não ganha tanto destaque.

O retorno da carismática Kirby Reed (Hayden Panettiere), tem um sentido interessante e de maneira geral segura o proposito de bagunçar ainda mais a trama na cabeça do espectador.

De qualquer forma, quem acaba ganhando todo o destaque é a mais jovem Scream Queen do cinema, Jenna Ortega. Ainda que a atriz atue apenas de maneira coadjuvante, seu personagem cresce em tela, por vezes aparecendo mais que a própria protagonista.

No fim, Pânico VI merece muito reconhecimento. Trabalhar em um franquia com tantos filmes e ainda conseguir segurar o mistério e a tensão, definitivamente não é para qualquer filme. Para os apaixonados fãs de plantão ainda vale lembrar, o sétimo filme já ganhou sinal ver e deve entrar em produção ainda neste ano.

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