Crítica – Resgate
Relembrando o famoso cinema “brucutu”, a Netflix recria e atualiza com sucesso o marcante gênero, popular nos anos 90, com direito a muito tiroteio e cenas de ação de tirar o folego.
Ainda que com uma história rasa e direta ao ponto, Resgate, ganha pontos por escolher se destacar naquilo em que é bom, nas cenas de ação. Dedicado, Chris Hemsworth, mostra que consegue sim ser muito mais do que o Thor da Marvel.
Na trama, acompanhamos Tyler Raker (Chris Hamsworth), mercenário veterano com pouco ou nada a perder, que topa a missão de resgatar Ovi Mahajan (Rudhraksh Jaiswal), das mãos de Arjun (Piyush Khati), perigoso bandido rival do pai de Ovi. Ainda que precise transformar a cidade de Dhaka em uma zona de guerra, Tyler fará de tudo para devolver o garoto ao seu lar, mesmo que isso signifique colocar sua própria vida em um risco absoluto.
Como a própria sinopse revela, o longa foca em uma jornada simples, basicamente resgatar o garoto e leva-lo do ponto A para o B. O que preenche o meio de tudo isso é que torna o produto interessante. Ainda que estreante, o diretor Sam Hargrave, até aqui conhecido por seu trabalho como dublê, inclusive atuando como coordenador em diversas produções do Universo Marvel, consegue passar credibilidade nas cenas de combate, com destaque especial para um plano sequência magnifico, que segue a ação por um bom tempo em corredores estreitos e pelas ruas da cidade.
Resgate chega bem perto e flerta fortemente com alguns clichês, típicos de filmes do gênero. O mercenário veterano com um sombrio passado de perdas, não chega a ser algo novo, talvez por isso não receba tanto destaque no filme. A história de Raker é explorada em uma rápida cena, talvez o único momento em que o roteiro da uma esfriada, entretanto aqui, nitidamente o momento de reflexão também é um respiro para o espectador que a essa altura está sentado na pontinha da cadeira, tenso com as intensas e brilhantes cenas de ação.
Vale ressaltar ainda que o longa é escrito por Joe Russo e produzido por ele e seu irmão Anthony. É realmente muito bom ver nomes marcados pelo cinema de super heróis, se arriscando em um produção como essa.
Em tempos de Jhon Wick e Atômica, Resgate consegue embarcar na onde dos novos filmes de ação, requentando velhos ingredientes e acrescentando uma boa dose de novidades. Vale a pena esperar para conferir o que mais pode vim por aí.