Crítica- O menino que queria ser rei
Bem-vindos a mais uma história do Rei Arthur, só que desta vez não é ele o herói ou personagem principal.
Em ‘O menino que queria ser rei’, conhecemos Alex, um garoto aparentemente normal, que vivia em Londres e tinha um amigo chamado Bedders, que sempre está com ele o incentivando e ajudando. Um dia Alex acha uma espada em uma pedra num lugar abandonado. Ele consegue tirá-la da pedra e descobre depois que somente ele consegue fazer isso. Ele logo começa a desconfiar, mas não acredita que pode ter alguma ligação com o famoso Rei Arthur.
Na época, o rei enfrentou sua meia irmã Morgana, que queria reivindicar o trono e ficar com a espada. Ele consegue derrotá-la, porém ela promete que vai voltar quando tudo voltar a escurecer. Os tempos eram difíceis e somente rei Arthur conseguiu governar com igualdade e respeito.
Nos dias de hoje as coisas não estão muito diferentes, o mundo está vivendo guerras, está dividido e isso é perfeito para que sua meia irma volte e faça toda a Inglaterra virar escrava de sua maldade.
Conhecemos Merlin em uma forma um pouco diferente que o comum. Dessa vez ele parece um garoto de 16 anos que às vezes aparece em sua forma original, ou seja, um senhor de idade que foi interpretado por Patrick Stewart (Star Treck, X-Men).
Misturando a época medieval, as lendas e tudo mais nos dias de hoje, vemos uma história que definitivamente não funcionaria sem o empurrãozinho de Merlin, que pode hipnotizar as pessoas para que elas façam o que ele quer. Afinal, quem acreditaria que a Inglaterra precisa ser salva de uma feiticeira malvada que tem um exército de mortos-vivos?
Vemos também que toda a história é dividida entre crianças e adultos. O ‘mundo’ das crianças não é interferido pelos adultos e eles não ajudam e nem atrapalham Arthur a juntar seu exército para lutar contra Morgana.
Na primeira parte do filme, Alex vai descobrindo quem ele realmente é e o que ele precisa fazer para salvar a Inglaterra.
Quando ele vê que não será fácil, ele tem que convocar um exército para ajudá-lo. Como o filme é infanto juvenil, claro que mortes e violência gráfica não aparecem nas batalhas e para que as crianças possam derrotar o exército de cavaleiros de Morgana, o roteiro usa a ideia de que a união, o trabalho em equipe e a inteligência pode ser a arma mais forte.
Nem sempre agrada quando trazem uma lenda medieval para os dias de hoje, mas ‘O menino que queria ser rei’ segue a linha de filmes com uma boa história para se contar e que conversa com o público jovem de maneira bem direta, explicando como o mundo nem sempre pode ser fácil e que vamos enfrentar desafios diariamente. Essa é a grande mensagem do filme.