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Crítica – Halloween (2018)

E no mês do dia da bruxas, 40 anos após os eventos do filme Hallowen de 1978, Michael Myers vai aterrorizar mais uma vez o halloween.
Para a nova trama fazer sentido, foi necessário apagar os outros filmes da franquia, deixando apenas o primeiro como conexão direta a esse. Não agradou muito os fãs ao fazer um reboot, pois dá a impressão de que todo esse tempo foi perdido. Por outro lado, a maioria das continuações foram medíocres, então alguns filmes não farão falta na cronologia.

Uma dupla de jornalistas investigativos tenta frustradamente estudar de perto Michael e Laurie Strode (Jamie Lee Curtis), uma vítima sobrevivente desse serial killer. Eles querem descobrir o motivo dessa conexão entre os dois e ajudá-la a superar de vez esse trauma.
Laurie Strode vive em uma casa com equipamentos de segurança exagerados. Ela ficou sua vida toda à mercê de um possível reencontro com o homem que a aterrorizou e a deixou traumatizada. Ela tem pouca convivência com sua filha Karen, que teve uma infância conturbada pelas paranoias da mãe. Karen tem uma filha que se mostra compreensiva e ligada mais diretamente com a avó.

Na nova trama, Michael escapa novamente, porém dessa vez ele está sendo transferido para um lugar onde terá que passar a vida toda. O manicômio em que ele estava não podia mais ajudá-lo, pois ele não apresentou nenhuma melhora. Parece muita coincidência que Michael Myers fora transferido dia 30 de outubro, para que no dia 31 pudesse mais uma vez aterrorizar a noite das bruxas. Tudo acaba sendo explicado e faz essa coincidência infeliz, boba e necessária não parecer mais tão coincidência assim.

Para marcar os longos 40 anos que se passaram, até a máscara de Michael aparenta estar envelhecida dando alusão à marcas de expressão.
Talvez para homenagear a personagem e dar um ar nostálgico ao filme de 78, Laurie continua com o mesmo visual de quando jovem, dando a impressão de que nada mudou, pois ela não conseguiu seguir em frente e só pensa em se vingar de seu quase assassino. Ela se preparou a vida inteira esperando por ele para poder matá-lo. A volta de Jamie Lee Curtis mostra mais de perto a personagem sendo explorada como vítima, já que no primeiro, o foco é no falecido Dr. Loomis com seu paciente Michael. Curtis entrega um papel de uma vítima marcada e que precisa desesperadamente de uma vingança crua.

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Um novo personagem nos é apresentado: Dr Sartain, o “novo Dr. Loomis” é praticamente obcecado por Michael, o conhece melhor do que ninguém e estuda seu comportamento. Ele é a chave para o roteiro ter sentido nos momentos em que tudo parece ser uma boba coincidência para o filme poder funcionar.

Quem vai ver Michael de novo tem que estar preparado para os clichês clássicos do gênero. Um slasher para funcionar depende disso e da burrice ou fraqueza dos personagens. Também não se pode esperar nada inovador na trama e sabemos que a simplicidade sempre funcionou com Halloween. Não saindo das origens do primeiro, o filme demora um pouco a decolar nas matanças impiedosas, mas depois que começa, vemos mortes ‘criativas’ e mais brutais.
Em alguns momentos pensei que fosse me decepcionar com algumas escolhas de personagens, em especial o plano de Laurie. O roteiro consegue justificar de maneira plausível para não gerar nenhuma revolta no telespectador. Para fechar de vez a saga, o filme conta com cenas de perseguições agonizantes, momentos de extrema pressão, mostrando que agora é tudo ou nada.

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