NERDANÁLISE – SEA OF THIEVES
O novo exclusivo da Microsoft par Xbox One e Windows 10 está de vento em popa literalmente.
A Rare, desenvolvedora do game acertou na mão desta vez e angariou à novíssima IP o título de game exclusivo Xbox One mais vendido em menos tempo.
Além do game ter vendido muito bem em pré venda e pós lançamento, também alcançou um marco impressionante de 1 milhão de jogadores no dia de lançamento e 2 milhões na primeira semana, grande parte graças ao serviço Game Pass da Microsft, que agora trará os exclusivos Xbox para seus assinantes pelos apenas R$ 29,90 mensais (não é jabá ;)), fator que fará eu economizar com exclusivos Xbox agora XD.
Dada a introdução, sigamos marujos!
Após o anúncio inesperado do game na E3 2017, houve muita gente que ficou empolgada e outra parcela desconfiada de um fracasso, o que graças ao Barba Branca não ocorreu. Mas o game chegou com tudo, tanto que nem a própria Rare esperava tal sucesso. Mas vamos a Nerdanálise do game!
HISTÓRIA
Não há campanha em Sea of thieves, apenas algumas informações contadas por meio dos contratos que pegamos para podermos evoluir nas 3 “facções/guildas” no game, mas nada que possa se chamar de história.
GAMEPLAY
O game é quase totalmente focado no modo multiplayer online, com exceção de que se pode jogar solo, mas interagindo com outros jogadores durante as aventuras, tanto para o bem, quanto para o mal, pois quando você dá de cara com um jogador, depende dele e de você o quê irá acontecer, se vocês se matarão ou darão apenas um aceno e continuarão suas aventuras.
Dou dois exemplos ocorridos comigo:
1º eu estava a fazer um contrato da guilda dos “juntadores de ouro” (as missões de busca por baús) achei a ilha indicada no mapa e aportei. Assim que comecei a correr pela ilha procurando o local do “X”, dei de cara com um outro player carregando um baú, provavelmente o potencialmente meu, mas teve um momento de hesitação de ambos e decidimos continuar cada um com seus afazeres.
2º encontrei uma ilha onde deveriam ter 3 baús, assim que escavei o primeiro ouvi canhões atirando. Corri para o penhasco que dava acima de meu barco e vi uma caravela de 4 players atirando na minha pequena embarcação. Os meliantes invadiram o barco para procurar por tesouros, mas não achando nada, afundaram meu barco (cretinos), assim tive que cavar os baús, escondê-los em algum lugar, dar respawn no meu barco e retornar até a ilha para pegar os baús, rezando para nada dar errado.
Agora falando do inicio: o game nos apresenta uma variedade randômica de piratas para escolhermos, nada de customizações excessivas como em rpgs no estilo The elder scrolls. Assim que você escolhe seu/sua pirata vou deve escolher qual tipo de barco usará. Aqui é basicamente onde você escolhe o tipo de jogo: Com o Galeão você pode jogar com até “mais 3 jogadores” e com a Corveta até “mais 2”, ou seja, o barco grande com até 4 jogadores e o pequeno até 3. E recomendo que só jogue com pelo menos 3 jogadores com o Galeão, pois têm muitas velas para controlar, além da âncora e do timão.
Feitas as escolhas iniciais você é jogado em uma taverna de um “outpost” aleatório no mapa do game, com seus amigos ou solo, e em um algum lugar dos píeres estará seu barco. Os outposts são as ilhas onde possuem comerciantes e as 3 tipos de guildas.
Nestas ilhas outposts, você pegará missões com as guildas: Aliança Mercante, ordem das almas e acumuladores de ouro, todas elas lhe darão 3 missões (mas só pode levar 3 de cada vez por cada personagem), então ai sim as aventuras começam.
Com a aliança mercante você tem contratos de busca por galinhas e porcos de cores específicas, então deve capturá-los e entregar para algum representante da aliança mercante em algum outpost. O mesmo se dá com a Ordem das almas, que te dá contratos de busca pelos crânios de piratas mortos (no caso esqueletos amaldiçoados que você deve derrotar) e também com os Acumuladores de ouro, estes te dão mapas ou enigmas para serem resolvidos encontrando os locais onde tesouros foram enterrados, destes tesouros existem vários tipos de baús, cada um com uma variante de valor em ouro quando você entrega para a guilda, existe um baú que te deixa bêbado assim que você o agarra para levar para o barco, geralmente nesta hora esqueletos aparecem para interceptá-lo, então compete aos seus colegas ou á sua sagacidade deter os malditos para que possa desfrutar dos louros da vitória por encontrar um baú destes.
O game te dá alguns equipamento que você pode usar (geralmente usa-se todos) e estes equipamentos você pode alterar seus visuais (skins) de acordo com a progressão nas guildas e com o ouro que você adquiri. Existe desde os três tipos de armas de fogo (pistola, escopeta e rifle, todos ao estilo 1600-1800) até instrumentos musicais, lamparinas e bússolas e relógios, e os mais usados: balde e a pá.
Não podemos esquecer que existe as ilhas da caveira! Quando uma nuvem em forma de caveira surge no céu você saberá que existe um local especial com um grande tesouro, no qual com toda a certeza vários Galeões irão mirar, essas são as “incursões” do game, onde você deve enfrentar com seus amigos ondas e mais ondas de esqueletos para poder adquirir tesouro no final, muitas vezes um baú que vale em volta de 15,000 a 20,000 moedas de ouro. E como nem tudo são flores, há aquela grande chance de além dos esqueletos, você e sua tripulação ter que enfrentar outros piratas para poder chegar até um outpost e vender o tesouro. As ilhas da caveira sempre são tensas.
Sea of thieves é um jogo que une jogadores de Xbox One e Windows 10, o cross-plataform funciona muito bem, pois não é aquele tipo de jogo que quem joga com teclado e mouse se destaca (como vários games competitivos), o chat por voz é bem fácil para criar, presentinho da Xbox live que sempre teve um bom desempenho com isso. Todos os comandos são bem simples e intuitivos após alguns minutos de prática, tanto no teclado quanto no joystick.
GRÁFICOS
Os gráfico do game são lindos, mas num estilo cartoonizado, a direção de arte acertou a mão no estilo do game, mas o que se destaca é a qualidade do mar representado no game, é simplesmente incrível, desde a calmaria perto das ilhas, quanto na agitação das tempestades, cada onda e “morro” que são de tirar o fôlego (é o mar mais realista e bonito que já vi em um videogame).
TRILHA SONORA
O game trás poucas músicas, mas as que estão lá são muito boas, “clássicos da música clássica”, mas ao estilo pirata. Lembra daquela música italiana que toda vez que famílias descendentes de italianos se reúnem, sempre tem um tio que cantarola na hora do almoço enquanto é servida a macarronada? Então, tem esta música, só que tocada com aquele jeitinho pirata.
https://www.youtube.com/watch?v=VLncnCk8540
CONCLUSÃO
O jogo diverte qualquer tipo de jogador, mas precisa ter paciência, pois se passa muito tempo dentro do barco e navegando (gosto muito de navegar).
O game como de se esperar depois de algum tempo fica repetitivo demais, por isso é recomendado que não jogue muito tempo solo, mas com amigos, pois cada vez vocês terão experiências diferentes com as aventuras.
Embarque nessa aventura e divirta-se com seus amigos! Só cuidado com os mares, pois eles guardam muitos perigos, desde barcos inimigos e tubarões, até o lendário Kraken, que pode deixar de ser apenas ouvido durante seus passeios pelo mar e decidir emergir e destroçar seu precioso barco e naufragar sua tripulação junto com seus 10 baús preciosos. 😉
Acredito que o game ficará bem melhor ao decorrer das futuras atualizações.