Grandes quadrinhos sem Super Heróis

Neste grande hype que entrou a cultura pop, é mais do que normal nos pegarmos sempre falando e discutindo sobre os grandes super heróis dos quadrinhos, que ganham cada vez mais espaço nas telonas.

Mas para os desavisados “marinheiros de primeira viagem” saibam que nem todo quadrinho trata de histórias com super seres, grandes heróis e terríveis vilões. Muitas vezes, um simples gibi pode atacar com uma bela história, cotidiana ou frenética, explorando novos mundos ou encontrando novos olhares para o nosso, grandes histórias que podem encantar pela simplicidade e genialidade.

Para apresentar algumas destas grandes HQs, separamos uma lista com grandes quadrinhos sem Super Heróis, confira:

 

#01 – Maus – A História de um Sobrevivente de Art Spiegelman

Uma magnífica obra do sueco Art Spiegelman, conta, através de uma alegoria bem clara, a história de seu pai, um judeu polonês, que tenta sobreviver ao holocausto. A obra teve suas primeira páginas publicadas logo no início dos naos 80, mas foi apenas em 91 que foi concluída.

 

#02 – Ronin de Frank Miller

Publicado no inicio dos anos 80, Ronin mostra toda a desenvoltura de traço e roteiro de um dos maiores mestres dos quadrinhos americanos, Frank Miller. Ronin, narra a história de um samurai que reencarna em um deficiente físico, em uma Nova York completamente distópica, pronto para enfrenta seu maior inimigo, o demônio Agat, responsável pela morte de seu mestre. Vale a pena conferir.

 

#03 – Do Inferno de Alan Moore e Eddie Campbell

Vencedor do prêmio Eisner pelo melhor roteiro, a colossal graphic novel, originalmente publicada em forma seriada, circulou as bancas de 89 até 96, ganhando uma versão única apenas em 99, no Brasil pela editora Veneta. Do Inferno, como é de se esperar, acompanha o famoso case de Jack o Estripador. Se passando na era vitoriana, a história sugere uma bela hipótese para os assassinatos.

 

#04 – Tintin de Hergé

Icônica série em quadrinhos criada pelo belga Georges Prosper Remi, também conhecido como Hergé em 1929, acompanha o jovem repórter e viajante entusiasta por várias aventuras, atrás de boas histórias e desvendando grandes enigmas. As histórias eram tão boas que ganharam uma versão animada, e até mesmo uma versão para o cinema.

 

#05 – Daytripper de Fábio Moon e Gabriel Bá

Um belíssimo trabalho brasileiro na lista, tida por muitos especialistas como uma verdadeira obra de arte, através de um viés poético a obra narra o dia -a – dia de Brás de Oliva Domingos, filho de um mundialmente famoso escritor que passa seus dias escrevendo obituários e as noites sonhando em se tornar um grande profissional, assim como seu pai. O ritmo da história é narrada de forma que cada dia na vida de Brás seja como a página de um livro, onde ele apresenta as pessoas de sua vida e como elas o influenciaram.

 

#06 – Snotgirl de Bryan Lee O’malley e Leslie Hung

Conhecido por seu grande trabalho em Scott Pilgrim, Bryan Lee O’malley, agora junto de Leslie Hung, apresentam ao mundo Snotgirl. A história, acompanha a vida de Lottie Person, famosa blogueira e web celebridade, que enquanto se esforça para manter o status de sua vida online, passa por diversos problemas em seu cotidiano offline, entre eles, uma incomoda alergia, que entre outras coisas, a faz sentir uma desagradável sensação em seu nariz, que está quase sempre escorrendo.

 

## Menções honrosas 

Lobo Solitário de Kazuo Koike

Uma das séries de mangá mais elogiadas de todos os tempos, principal inspiração de Frank Miller na já citada Ronin. Aqui acompanhamos a história de Itto Ogami, ex executor do Xogun, agora atravessa o Japão, como um assassino de aluguel, normalmente aceitando serviços mais difíceis para matar pessoas muito habilidosas ou influentes. Todo o mangá é considerado uma verdadeira obra, ganhando até mesmo uma adaptação japonesa em 6 longas.

 

Akira de Katsuhiro Otomo

Um verdadeiro clássico do estilo cyberpunk, AKIRA se passa em um futuro distópico, onde a capital do Japão foi destruída durante a terceira guerra mundial, hoje reconstruída e batizada de Neo-Tóquio, serve de palco para gangues de motociclistas e para um programa militar secreto que à anos vem tentando controlar grandes anciões com poderes psíquicos. A história é genial e repleta de  reflexões filosóficas e cientificas. Um verdadeiro espetáculo.