Tomb Raider: A Origem – CRÍTICA
NOTA DO FILME: 2,0 (REGULAR)
Se você viveu sua infância durante os anos 90, com certeza já deve ter ouvido falar de Tomb Raider. Seja jogando individualmente, ou na casa de algum amigo, o game marcou uma geração inteira. Lançado em 1996, época em que os gráficos ainda eram verdadeiros quadrados, e nós achávamos o máximo, o jogo ficou para sempre na memória de milhares de crianças.
Por causa de seu sucesso o jogo deu origem a várias outras versões de adaptações, nas mais variadas mídias. De lá pra cá 22 anos se passaram e Tomb Raider virou filme e quadrinho, além de ganhar um jogo novo e todo repaginado, nos moldes que o melhor da tecnologia em games nos oferece.
Tomb Raider: A Origem, chegou para saciar não só a mais velha, como também a mais nova, geração. Diferentemente de seu antecessor de 2001, Lara Croft: Tomb Raider, que contava com Angelina Jolie no papel de Lara, esse novo filme nos mostra sua origem. Enquanto no filme antigo víamos Jolie saltando e atirando em todos os seus inimigos, Alicia Vikander nos traz uma Lara mais crua, que ainda não descobriu os segredos que sua família guarda. Sai de cena a arqueóloga escapista e especialista em sobrevivência e entra a Lara mais pé no chão, que, como muitos, não acredita em lendas sobrenaturais.
No novo longa, Lara Croft vai atrás de segredos que seu pai levou para o túmulo, iniciando uma jornada arqueológica pelo sobrenatural. Ao chegar em uma ilha misteriosa ela tem uma grata surpresa, mas também precisa lutar para sobreviver.
Sempre que uma adaptação é feita para o cinema perde-se um pouco do material da mídia original, mas, o cerne da história continua sendo o mesmo nesse novo Lara Croft. Assim como na história do jogo, a ilha para que Lara vai continua sendo oriental. A relação dos Croft com relíquias e artefatos arqueológicos também continua existindo, bem como seu gosto pela aventura. Entretanto, verdade seja dita, o fato deles não serem arqueólogos talvez não tenha sido a melhor escolha.
As atuações ajudam a levar o longa para um caminho razoável. Vencedora do Oscar, Vikander nos presenteia com cenas que o telespectador vai remeter ao jogo na hora, no estilo clássico de Lara Croft. Uma grata surpresa é a atuação de Daniel Wu (Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos), ao lado de Vikander ele mostra que seu personagem, Lu Ren, acaba sendo fundamental para o desenrolar da história.
Apesar da trama deixar claro que esse primeiro filme é só um começo, dando início a uma nova série de filmes do clássico game, ele não mantém o nível que o jogo clássico mereceria. E, principalmente, que os fãs gostariam de ver.
Acostumados com uma Lara diferente, Tomb Raider: A Origem, entrega um filme razoável, porém esquecível. Com um enredo um tanto quanto diferente dos jogos, alguns elementos clássicos fazem falta durante o longa. Essa sensação, infelizmente, não será sentida só pelos fãs da franquia. Ainda assim, seguimos esperando o dia em que um filme inspirado em games conseguirá fazer jus às histórias que tanto gostamos de vivenciar.