As mulheres mais badass da cultura pop
Mais do que uma comemoração o Dia das Mulheres serve para conscientizar que o mundo em que vivemos, ainda, é muito machista. Nós mulheres somos obrigadas a conviver desde que nascemos em uma sociedade que não pensa no interesse e nem no desejo feminino. Depois da grande queima de sutiãs (que não foi uma queima de verdade), em 1968, o movimento feminista começou a ganhar destaque. Vários direitos foram conquistados, mas sabemos que ainda há muito o que fazer. Sobretudo, as mulheres lutam para conquistar respeito.
A cultura pop está repleta de figuras masculinas, mas, no meio de tudo, também dá destaque a algumas mulheres que nos representam e, de certa forma, incentivam nossa luta. Comparado ao número de personagens homens o de mulheres ainda é menor, mas, fundamental.
Algumas representam o ideal de força feminina, sem sexualização do corpo, mas, infelizmente, não é a regra. Duas personagens que representam bem esse dilema são extremamente famosas, e servem de ícone para diversas mulheres mundo à fora.
A Mulher Maravilha surgiu em 1941 e, apesar de usar roupas um pouco curtas demais para uma mulher que se mexe tanto e luta (não sendo nem um pouco prático), nos trouxe uma mensagem muito importante. Primeiro, ser uma personagem feminina em um universo totalmente masculino, caso dos quadrinhos, não é algo fácil, mais ainda ganhar destaque nesse meio. Mostrando toda sua força, a heroína nos trouxe algo mágico: a representatividade. Agora milhares de garotinhas pelo mundo podiam ver as aventuras e a força de uma mulher ao combater seus inimigos.
Outro ícone da cultura pop é a Princesa Leia. À frente de seu tempo, a princesa de Star Wars nos mostrou que de princesa não tinha nada, exceto o nome. Ela lutava de igual para igual ao lado de seus companheiros e fez de tudo para acabar com o império. Mesmo sendo super sexualizada, em uma cena que virou clássico do cinema, ao usar um biquíni e se tornar uma escrava, Leia nos deu seu recado: permanecer forte e enfrentar as adversidades de cabeça erguida.
Éowyn é apenas uma humana na obra de Tolkien, O Senhor dos Anéis, mas, ansiando parte do campo de batalha, ela se disfarça de homem e prova que as mulheres são sim capazes de fazer tudo o que querem. Inclusive, ela protagonizou uma das cenas mais lindas do cinema e que deve ser lembrada até os dias de hoje. Durante sua jornada, em uma batalha com o Rei Bruxo de Angmar, Senhor dos Nazgül, ele afirma que nenhum homem vivo poderia matá-lo, ao passo que Éowyn tira o capacete e responde: “Mas eu não sou nenhum homem”.
Uma história muito parecida com a de Éowyn é a de Mulan, que se disfarça de homem para ir à guerra e salvar seu pai idoso da morte certa. As mulheres lutam sim, e muito bem. Aliás, toda mulher sabe o que é ser uma lutadora.
Ellen Ripley, de Alien, ficou famosa por ser uma personagem feminina que desafiava o estereótipo de gênero em um estilo extremamente presente na ficção científica. Ao ficar a frente de situações de vida ou morte, ela mostrou uma força e uma fibra que seus companheiros não conseguiram. Tudo isso sem masculinizar a personagem.
Já Hermione nos mostra que uma mulher não precisa ser grande, no caso adulta, para ser forte. Desde pequena a geniosa bruxa, de uma das maiores franquias do cinema, luta contra um mal que pode assolar o mundo. Mais do que isso, ela prova que sem ela ao seu lado, Harry Potter não conseguiria fazer metade das coisas que lhe eram exigidas. Mais uma vez a força feminina se mostra não só no campo físico, mas em uma inteligência (também emocional) sem tamanho. A ponto de ser necessária e fundamental para a batalha.
Esses exemplos nos mostram que por mais que as vezes, no nosso dia a dia, nos deixemos levar pelo que o mundo tem de pior ainda temos nossa força. Em meio há tantos casos de violência contra a mulher, dos mais diversos tipos, nós sempre teremos alguém para nos inspirar e nos lembrar de que sim, somos mulheres! Com muito orgulho. Lembre-se, Mulher Maravilha é um estado de espírito.