Review: O Homem das Trevas
O diretor uruguaio Fede Alvarez e o produtor Sam Raimi (A Morte do Demônio – 2013) estão de volta com mais um filme sádico e dessa vez com um cenário um pouco pós-apocalíptico, prometendo inovações no gênero.
Em uma cidade praticamente abandonada, Detroit (Michigan), três jovens ganham a vida roubando casas e acabam descobrindo que um veterano de guerra ganhou muito dinheiro depois que sua filha morreu assassinada. A ideia de roubar a casa fica mais tentadora ao saber que o homem é cego, pois isso tornaria o trabalho muito mais fácil e é a partir daí que as coisas começam a ficar complicadas.
Quando descobrem o perigo eminente, já é bem tarde. O homem que mora na casa é extremamente perigoso e esconde um segredo bizarro. O que ele faz vai além de simplesmente querer defender a casa dos invasores, a situação é bem mais obscura e sádica.
Em um clima claustrofóbico e tenso, o filme faz o trabalho dele: te deixar sem fôlego e explora os outros sentidos dos personagens, já que a visão acaba sendo algo bem difícil de se ter, pois o ambiente escuro e cheio de armadilhas faz você nunca desejar estar na situação dos personagens. Em determinados momentos, parece que você está em um labirinto sem fim e nada que você possa fazer dará certo no fim.
Praticamente todos os personagens são cativantes e mostram um cenário conturbado em suas vidas. Por mais que aparentassem ser os vilões da história, as coisas começam a mudar e rapidamente começamos a se importar com eles e torcer para que saiam da casa.
Sem atentar às pequenas falhas de roteiro, O Homem das Trevas ganha um espaço entre os filmes mais interessantes e originais de 2016.